A gravidade da doença poderá ser identificada pela análise do microbioma pulmonar. Método ajudará tratamentos personalizados.
Estudos têm mostrado o quanto a diversidade de bactérias no corpo humano pode influenciar no surgimento de enfermidades, como o diabetes e o lúpus. A microbiota do intestino tem sido o alvo desses estudos, mas um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos desconfiou que o mesmo processo poderia estar relacionado à asma. Ao analisar a composição de micro-organismos presentes nos pulmões de pessoas com a complicação respiratória, eles não só confirmaram a hipótese como descobriram que o tipo do microbioma pulmonar pode ajudar a identificar a gravidade da doença. Os resultados, publicados na revista PLOS ONE, poderão contribuir para a criação de tratamentos personalizados mais eficazes e até impedir que se chegue à condição crônica da asma.
Autora principal do estudo, Patricia W. Finn conta que entender melhor mecanismos ligados aos transtornos respiratórios era algo que a desafiava havia algum tempo.
“Tenho um interesse antigo no desenvolvimento de alergias e asma. Com o advento de tecnologias que nos permitem identificar milhares de espécies bacterianas que colonizam nosso corpo, resolvemos analisar a relação entre essas bactérias e a resposta imune asmática”, diz a também pesquisadora da Universidade de Illinois.
“Nem todos os asmáticos são semelhantes em suas reações clínicas, imunológicas e agora, como mostramos, em seu comportamento microbiológico. Isso significa que as novas intervenções devem ser direcionadas a subtipos de asma para melhorar os resultados dos pacientes. Esses achados podem constituir a base para a medicina personalizada”, defende Finn.
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Correio Braziliense – Ciência e Sáude