Funcionários do Sofia Feldman fazem greve e trabalham em escala mínima

Entrou para o quarto dia a paralisação de funcionários do Hospital Sofia Feldman, maior maternidade do Brasil em número de partos. Desde sexta-feira (2), a equipe da instituição trabalha em escala mínima – 30% do efetivo.

A greve é pela regularização de pagamentos aos funcionários, que ainda não receberam o 13º salário. A remuneração referente ao mês de dezembro não foi feita a todos trabalhadores – aqueles com nível universitário, como os médicos, receberam 30% dos vencimentos.

“Estamos reivindicando o pagamento de 13º e salários atrasados, o recolhimento em dia do FGTS, e contra a falta de insumos e medicamentos”, afirma Anderson Rodrigues, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais. Segundo ele, a greve é por tempo indeterminado.

Mesmo com a redução da força de trabalho, a direção do hospital garante que o atendimento não foi afetado até o momento.

“O Sofia é 100% SUS na assistência e no financiamento. Há um subfinanciamento crônico e estamos em colapso. O trabalhador tem todo o direito de paralisar as atividades quando ocorrem atrasos nos pagamentos. A direção não é grevista, não vamos fazer greve contra as mulheres e as crianças, desrespeitando os seus direitos; estamos dialogando com os órgãos competentes”, afirma o médico Ivo Lopes, diretor técnico e administrativo do hospital Sofia Feldman.

Segundo o administrador, na reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), no dia de 22 de dezembro de 2017, realizada entre secretarias municipais e Secretaria Estadual de Saúde, levantou-se a necessidade de incorporação de recursos no valor de R$ 1,5 milhão mensais, totalizando R$ 18 milhões de reais por ano, na garantia da sobrevivência do Hospital Sofia Feldman.

Em 2017, a Prefeitura de Belo Horizonte adiantou R$ 5 milhões do Fundo de Saúde para a maternidade. O pagamento tem sido feito em parcelas de R$ 250 mil, que já são descontadas do repasse de recursos federais.

A Secretaria Municipal de Saúde foi procurada para informar se a paralisação do Sofia Feldman interferiu no trabalho da Central de Leitos, mas ainda não retornou a demanda.

Fonte: Jornal Hoje em Dia
Foto:
Hosp. Sofia Feldman 

Compartilhar esse post