Durante evento, vice coordenador da regional Triângulo alertou para a importância da transparência de custos de procedimentos para negociação com municípios
As dificuldades para contratualização e negociação com gestores públicos foi o principal tema discutido na reunião da regional Triângulo, realizada ontem no hospital Helio Angotti, em Uberaba, pela Federassantas. O vice-coordenador da regional e administrador do Hospital São José, em Ituiutaba, Cleuson de Oliveira, apresentou estratégias de negociação aos filiados presentes e explicou a importância da transparência dos custos dos procedimentos realizados pelos hospitais aos municípios. Ele afirma que o gestor da instituição deve detalhar e apresentar o custo de cada serviço para que o hospital receba proporcionalmente o quanto está sendo gasto: “essa transparência faz com que os gestores entendam os valores quê estão envolvidos nos procedimentos”.
Oliveira explica que os hospitais recebem os repasses do SUS, mas que estes valores não são suficientes para cobrir os custos reais e, uma vez que o gestor da instituição informa o preço dos procedimentos, cabe então, ao município, inteirar este valor. “Temos que mostrar esses preços e o quanto nós recebemos para mostrar para eles que o dinheiro não é suficiente, a prefeitura tem que completar”, afirma. Segundo ele, um dos principais questionamentos dos filiados da regional Triângulo é esta “impotência de negociação com os gestores”.
Cleuson de Oliveira, vice-coordenador da regional,
apresentou estratégias de negociação para contratualização com municípios
Segundo Marileide Oliveira Cobo, coordenadora da regional e gerente institucional do Hospital Universitário Mario Palmerio, em Uberaba, no encontro, outra demanda dos filiados da regional triângulo foi a realização de cursos e oficinas de treinamento e capacitação dos gestores da regional pela Federassantas. Os filiados cobraram também ter maior participação das discussões da regional e serem mais ativos junto aos coordenadores. O vice-coordenador da regional reforçou, “temos que estar unidos e coesos para enfrentar a situação com mais objetivos”. A presidente da Federassantas, Kátia Rocha, destacou também a importância dos encontros: “a possibilidade de trocarmos experiências é muito importante, temos que compartilhar o nosso conhecimento para fortalecimento dos filantrópicos”.
Adelziso Vidal e Kátia Rocha, representantes da Federassantas
No encontro, foi apresentado também o “Programa de regionalização da Federassantas: desdobramento estratégico 2017”, idealizado pelo superintendente da Federação, Adelziso Vidal. Ele explica que a atuação descentralizada através das regionais, será uma das principais ações planejadas para o ano, trazendo benefícios para todos. “A continuidade e o fortalecimento das comissões técnicas, por exemplo, possibilitará a geração e compartilhamento de conhecimento e informações estratégicas do nosso setor, que auxiliarão todos os gestores das nossas instituições”. Para a presidente da Federassantas, o sucesso das ações, sejam judiciais ou extrajudiciais, dependerão muito da “qualidade da informação que nós geramos”.
Conforme calendário de reuniões da Federassantas, na próxima semana, os encontros serão realizados nas regionais Oeste (dia 21/02), em Divinópolis, e regional Zona da Mata (dia 23/02), em Muriaé.
