COVID: hospitais de BH têm lotação máxima e taxa de transmissão aumenta

Por enquanto, prefeitura não prevê fechamento do comércio. Prefeito Alexandre Kalil prorrogou estado de calamidade pública até 31 de março

O preocupante cenário em relação ao avanço da pandemia do coronavírus em Belo Horizonte se traduziu em números alarmantes nesta terça-feira (18/1), o que já mobiliza as autoridades de saúde da capital. Os últimos dados mostraram que a ocupação de leitos de UTI na Santa Casa BH, no Bairro Santa Efigênia, ultrapassou o percentual de 97% em virtude do aumento de internações para casos graves nas últimas horas. Por sua vez, o Hospital Eduardo de Menezes chegou a 100% de ocupação no setor de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG), como é caracterizada a COVID-19. 

Por enquanto, a prefeitura não prevê fechamento do comércio não essencial. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) já havia prorrogado o estado de calamidade pública até 31 de março de 2022.
“A Prefeitura monitora diariamente os números epidemiológicos e assistenciais da doença no município e qualquer agravamento que comprometa a capacidade de atendimento será tratado da forma devida, com o objetivo de preservar vidas”, afirma a prefeitura.

“O comprovante de vacinação já é um dos protocolos exigidos pela Prefeitura para realização de eventos, partidas de futebol em estádios e eventos de corrida. Nesses casos, os organizadores devem exigir do público a apresentação do comprovante de vacinação ou do teste negativo para o coronavírus”, complementa a PBH. 


A ocupação de leitos teve avanço repentino nas últimas horas. A Santa Casa dispõe atualmente de 124 leitos somando-se enfermaria e Centro de Terapia Intensiva (CTI). Dos 84 leitos de enfermaria que o hospital tem, 97,6% estão ocupados nesta terça-feira (18/1). Com relação aos 40 leitos de CTI, 97,5% registraram ocupação.

A prefeitura informou que, nesta quarta-feira (19/1), outros 38 leitos de enfermaria serão disponibilizados, totalizando 162 leitos (122 leitos de enfermaria e 40 de CTI). O Eduardo de Menezes conta com capacidade menor de internações. De acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), a UTI dispõe de 14 leitos, além de 15 leitos semi-intensivos. Todos eles estão ocupados por pacientes nesta terça-feira (18/1). Já os leitos de enfermaria, que somam 35 unidades, estão com 92% de ocupação.

Conforme o município, a taxa de ocupação total, que considera as redes SUS e Suplementar, segue no nível vermelho, com 84,7% nas enfermarias e 82,1%, nas UTIs. Em meio ao grave cenário, o município anunciou a abertura de mais leitos. São 49 desta vez, sendo 39 novas vagas para enfermaria e outras 10 de UTI.

Leitos abertos 

Apenas nestes primeiros dias do ano, foram abertos na capital 243 novos leitos de enfermaria e 19 de UTI. Pacientes com quadros gripais, ainda sem resultado para a COVID-19, também podem estar internados nos leitos destinados ao tratamento da doença, já que os sintomas são semelhantes.

Diante do aumento dos casos, a prefeitura faz um apelo à população para que complete o esquema vacinal e mantenha todas as medidas preventivas como o distanciamento social, a frequente higienização das mãos e o uso de máscaras.

Fonte: Portal Estado de Minas
Foto: Fhemig/Divulgação

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