Outubro Rosa: instituições filantrópicas são responsáveis pela maior parte dos atendimentos aos pacientes com câncer de mama

Em todo o país, a rede hospitalar filantrópica é responsável pela maior parte dos atendimentos; cirurgias; leitos; internações; dentre outros serviços oferecidos pelo SUS. Essas instituições apresentam números expressivos, também, no tratamento de pacientes com câncer de mama.

Em Minas Gerais, por exemplo, no período de agosto de 2018 a julho de 2019, os hospitais filantrópicos realizaram mais de 190.000 procedimentos ambulatoriais como mamografia, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia; valor que corresponde a cerca de 78% dos procedimentos realizados no estado, comparado às instituições públicas (19%) e particulares (3%). Neste mesmo período, o setor hospitalar filantrópico realizou 2.266 internações para cirurgias de mastectomia, valor que corresponde a 82% do total de cirurgias deste tipo realizados no estado, sendo 13% realizados pela rede pública e 5% por instituições particulares.

Dentre as instituições filantrópicas que mais ofereceram atendimento aos pacientes com câncer de mama podemos destacar, respectivamente: o Hospital do Câncer de Muriaé; Hospital São João de Deus (Divinópolis); Santa Casa de Belo Horizonte; Associação Mario Penna e Hospital da Baleia.

Outros hospitais filantrópicos que também realizam cirurgias e tratamentos a estes pacientes são: Hospital Maria Jose Baeta Reis Ascomcer; Hospital Marcio Cunha; Complexo Hospitalar São Francisco; Hospital Felício Rocho; Irmandade da Santa Casa De Misericórdia de Cataguases; Hospital Ibiapaba Cebams; Hospital Nossa Senhora Das Dores; Hospital Bom Samaritano; Hospital das Clínicas Samuel Libânio Pouso Alegre; Santa Casa de Poços de Caldas; Hospital Imaculada Conceição; Hospital Santa Casa de Montes Claros; Fundação Instituto Clínico Juiz de Fora; Santa Casa da Misericórdia de São Joao Del Rei; Hospital Doutor Helio Angotti; Santa Casa de Alfenas; Hospital Bom Samaritano; Hospital São Lucas;  Hospital Nossa Senhora das Graças;  Hospital Nossa Senhora das Dores; Hospital Dilson Godinho; Santa Casa de Misericórdia de Passos.

CÂNCER DE MAMA

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, ficando somente atrás do câncer de pele. No Brasil, a doença acomete cerca de 29% das mulheres. Já nos homens, a doença ocorre de forma rara, e representa 1% em compactação com outros tipos de câncer.

Segundo o INCA, o número de pessoas que morreram em 2017 devido ao câncer de mama, foi de quase 17 mil pessoas, sendo 16.724 mulheres e 203 homens. Ainda de acordo com o Instituto a estimativa para 2019 é que, no Brasil, quase 60.000 mulheres desenvolverão esse tipo de câncer.

TRATAMENTO

O câncer de mama se apresenta em diferentes tipos e, por isso, a doença pode evoluir de forma diferente. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente e podem até levar à morte. Na maioria das vezes, se o câncer for detectado nas fases iniciais, aumenta a possibilidade de um tratamento menos agressivo, com resultados mais satisfatórios e potencial curativo. O tratamento depende da fase em que a doença se encontra, as características biológicas do tumor e as condições do paciente. As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em tratamento local (cirurgia e radioterapia), e tratamento sistêmico (quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica).

CUIDADOS E PREVENÇÃO

A doença tem alguns sinais que podem ser detectados pelas próprias mulheres. A principal manifestação é a aparição de um nódulo (caroço) na mama, fixo e geralmente indolor, presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é identificado pela própria mulher. Outros sintomas são pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço, e saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.

Por isso, é importante que todas as mulheres, independentemente da idade, estejam atentas aos sinais do câncer de mama e sejam estimuladas a conhecer seu próprio corpo. É recomendado observar as mamas diariamente, palpar, sentir e verificar se elas estão normais. Se for identificada alguma alteração suspeita, é orientado o atendimento em um Posto de Saúde próximo. Além disso, é recomendado que as mulheres façam exames de rotina, como a mamografia. O exame pode ser feito em qualquer idade, mas para mulheres de 50 a 69 anos, deve ser feito a cada dois anos. A mamografia é o exame realizado para identificação do câncer antes da pessoa apresentar os sintomas.

OUTUBRO ROSA

A campanha Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento; e contribuir para a redução da mortalidade. Nesta data, o INCA (que participa do movimento desde 2010), promove eventos técnicos, debates e apresentações sobre o tema; e produz materiais e outros recursos educativos para disseminar informações sobre fatores protetores e detecção precoce do câncer de mama.


Por Nathalia Braz, Assessoria de Comunicação Federassantas

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