10 anos do NASF-AB reforça importância da atenção básica

Com a criação dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) espalhados pelo Brasil, a vida de muitos brasileiros vem mudando. O NASF-AB está completando dez anos e muitas famílias foram beneficiadas durante este período. Com a integração de diversas vários especialistas, as equipes deixam de cuidar apenas da doença e passam a cuidar da saúde como um todo.

“A possibilidade de ampliar as ofertas, de trazer um especialista para perto da Atenção Básica, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios desses diferentes profissionais, ajuda demais a gente a continuar seguindo na nossa missão de atender a maior parte da população”, destaca o técnico do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Marcelo Pedra.

Conhecer o território e saber quem são as pessoas, como elas vivem e o histórico de cada uma delas é a base da Estratégia Saúde da Família. Os Núcleos foram criados em 2008, visando melhorar o cuidado das pessoas dentro da comunidade, fazendo um trabalho integrado com as equipes de Saúde da Família e as equipes de atenção básica.

Com essa ideia geral, o NASF trabalha na perspectiva de uma atuação mais humanizada e integral, aliando conhecimentos científicos e práticos, a partir da colaboração e cooperação entre os membros da equipe e a comunidade. “Com as reuniões das equipes é possível aprender um pouco de cada área, melhorando o atendimento ao usuário, entendendo qual será a melhor intervenção para casos individuais ou para os casos territoriais”, finaliza o técnico.

 Equipes multidisciplinares

Cada equipe do NASF-AB tem seus próprios profissionais, como fisioterapeutas, profissionais sanitaristas, assistentes sociais, entre outros. A escolha vai de acordo com a necessidade e as características de saúde locais. A ideia é trabalhar a prevenção de doenças e agravos e a promoção da saúde junto à população, e qualificar as equipes de Saúde da Família e Atenção Básica por meio do apoio matricial. “Esse conjunto de ofertas da atenção básica deve atender 85% das demandas de saúde da população, e vai ajudar a prevenir várias doenças ou problemas daquele território”, comenta Marcelo.

Para Carla Queiroz, de 32 anos, assistente social de um NASF-AB no Distrito Federal, as estratégias integradas mudaram sua perspectiva de trabalho. “Ali eu pude entender como eram feitas as estratégias para o atendimento com foco na família, na comunidade e no território, e percebi que os vários saberes de profissionais diferentes ajudam a ter uma visão bem mais ampliada sobre cada caso que chega lá, o que possibilita outras intervenções que, às vezes, a gente não percebe quando faz uma consulta individual”, ressalta.

O trabalho multidisciplinar é fundamental para que haja um envolvimento maior entre os profissionais e a população, podendo, assim, priorizar os problemas de saúde e as questões sociais entre as famílias e comunidades. “Eu vejo, em diferentes casos trabalhados durante meses ou anos, realidades de muitas famílias mudando, não só de cura de doenças, mas como melhoria na saúde mental dentro das casas”, destaca Carla Queiroz.

Fonte: Blog da Saúde

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