Santa Casa de Montes Claros promove Semana de Conscientização sobre Doação de Órgãos

Com o objetivo de conscientizar sobre a importância da doação de órgãos e incentivar as pessoas a conversarem com seus familiares e amigos sobre o assunto, a Santa Casa de Montes Claros, através da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes – CIHDOTT, realizou, no último domingo (24/09), a 1ª Caminhada Pela Vida. Com o tema “A solidariedade tem pressa”, a iniciativa faz parte da campanha Setembro Verde, em alusão ao Dia Nacional de Doação de Órgãos, (27/9) e das comemorações dos 146 anos do hospital.

No encontro, pacientes transplantados e seus familiares, doadores, colaboradores do hospital e outros moradores da cidade, participaram de um aquecimento com a equipe de educadores físicos e acadêmicos da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Após a preparação, cerca de 400 pessoas saíram em caminhada até o Parque Municipal da cidade, onde foram promovidas diversas atividades voltadas para a saúde, como aferição da pressão arterial, teste de glicemia, acupuntura e avaliação nutricional. Além disso, quem passou pelo local pode aproveitar uma cabine de fotos, praticar zumba e ainda curtir shows musicais com os músicos locais.

Além da caminhada, o hospital realiza também outras ações de conscientização. Ontem foi realizado  um workshop com o tema “Doação de Órgãos e Transplantes”. Hoje e amanhã, serão realizadas palestras sobre doação de medula óssea e cadastramento de possíveis doadores.

Referência no Norte de Minas e Sudoeste da Bahia no atendimento de urgência/emergência e alta complexidade em diversos serviços, a instituição é a única na região que realiza transplantes de córneas, fígado e rins. Em 2016 a Santa Casa realizou 20 transplantes de córnea, 12 de fígado e 35 de rim. Neste ano, até o momento, foram dez transplantes de córnea, dez de fígado e 30 transplantes renais.

O Superintendente da Santa Casa, Maurício Sérgio Sousa e Silva, esclarece que, apesar da realização de campanhas, um dos entraves para tornar a doação uma realidade é a negativa familiar. Cerca de aproximadamente 60% dos casos, as potenciais doações acabam não ocorrendo pela resistência dos parentes devido ao pânico diante da situação da morte cerebral ou da morte do ente querido, além da questão cultural que impede a doação.

“Entre os motivos da recusa familiar está o desconhecimento da população sobre a morte encefálica e sobre a integridade do corpo após a doação. Precisamos informar que o diagnóstico de morte encefálica segue um rígido protocolo na sua confirmação e que a família receberá o corpo do ente querido íntegro. Como a doação só ocorre com a autorização de um familiar de até segundo grau, de acordo com a legislação brasileira, precisamos difundir esse tema, tirar dúvidas, mitos e preconceitos; e saber que esse ato pode salvar muitas vidas”, explica.

Para ser um doador, o primeiro passo é comunicar a família sobre a intenção de doar. Não é necessário documentar, é preciso apenas que a família esteja ciente da decisão. Um doador de órgãos e tecidos pode beneficiar até quatro pessoas. De acordo com a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos – CNDCO; na região, 275 pessoas encontram-se na fila de espera por um rim, 9 pessoas esperam por uma córnea e 12 pessoas esperam por um fígado.

CIHDOTT – Santa Casa Montes Claros

A CIHDOTT da Santa Casa de Montes Claros organiza e regula todo o processo de doação de órgãos, desde a identificação de potenciais doadores, abordagem e acompanhamento psicológico da família até a articulação e o encaminhamento de informações para a CNCDO – Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, viabilizando, assim, a ampliação quantitativa e qualitativa na captação de órgãos.

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Fonte: Assessoria de Imprensa Santa Casa Montes Claros

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