Para cumprir uma exigência legal, técnicos da Secretaria de Estado da Fazenda estiveram nesta quarta-feira (11/7/18) na reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), apresentando o relatório quadrimestral de prestação de contas do Estado, referente ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O que mais chama a atenção no relatório apresentado, no entanto, é a diferença entre o que estava previsto e o que foi efetivamente pago até hoje. Do total previsto, apenas 18% foi executado. Vários programas e unidades de saúde ainda não receberam nenhum recurso este ano. Dos R$5,6 bilhões de restos a pagar, contas que ficaram do ano passado, apenas R$713 milhões foram pagos até agora.
Em áreas consideradas fundamentais, como a atenção básica à saúde, por exemplo, foram investidos e efetivamente pagos até agora apenas 1% do orçamento previsto.
Ações como a de Apoio e fortalecimento da Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência, e a de Implementação da Politica Estadual de Promoção da Saúde não tiveram investimentos este ano.
O presidente da comissão, deputado Carlos Pimenta (PDT), disse que o governador Fernando Pimentel vai ter que responder judicialmente, ao final do governo, pela forma como vem tratando a área.
Crise resulta em unidades de saúde fechadas
Durante a reunião, o vice-presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Hermógenes Vanelli, deu a notícia de que a Santa Casa de Três Pontas (Sul de Minas) está com a maternidade e o setor de pediatria fechados a partir desta quinta (11), por total falta de recursos financeiros. Trata-se de uma hospital que integra a rede de urgência e emergência do Estado, referência para várias outras cidades da região.