Em reunião com prefeitos e entidade, Governador prometeu repasse de R$ 1,4 bi aos municípios
Representantes da Federassantas participaram ontem (21/08) de um movimento da Associação Mineira de Municípios (AMM), que teve como objetivo alertar a população e cobrar do Governo Estadual o atraso dos repasses aos municípios. De acordo com a Associação, o valor da dívida já alcança a cifra de R$ 8,1 bilhões e as prefeituras estão com dificuldade de arcar com recursos próprios, despesas como saúde, educação e assistência social.
Pela manhã, uma comissão de prefeitos diretores e o presidente da AMM, Julvan Lacerda, participaram de uma reunião com secretários e o governador Fernando Pimentel. De acordo com a entidade, durante a reunião, Pimentel afirmou que repassará aos municípios o montante de R$ 1,4 bi, oriundos dos recursos da lei da securitização, mas ainda sem data prevista. O governador prometeu ainda manter os repasses semanais em dia. Mesmo após a reunião, os prefeitos declararam insatisfação e pouca esperança no discurso do governador e optaram por manter a manifestação.
Para a presidente da Federassantas, Kátia Rocha, a expectativa é que o movimento sensibilize o governo e a sociedade. “Não podemos deixar concretizar a desconstrução que estamos assistindo do nosso SUS”, afirmou. De acordo com a presidente, somente com a participação do cidadão é que poderemos construir e efetivar um SUS forte e que realmente atenda os usuários.
Segundo o presidente da AMM, Julvan Lacerda, a saúde é o setor mais prejudicado também nos municípios. “Além da dívida que o governo do estado tem com as santas casas e os hospitais filantrópicos, ele tem com a gente também, com as prefeituras, que já passa de R$ 4 bilhões”. De acordo com ele a falta de repasses para pagar os serviços públicos acarretará, como consequência, em paralisação. Ele afirma que alguns municípios já fecharam farmácias básicas, por exemplo. Julvan completou também que o apoio da Federassantas ao movimento é fundamental para conquistarmos o mesmo objetivo, de garantir assistência à saúde ao cidadão.
Mobilização em números
- 527 prefeitos
- 892 carros
- 293 pessoas
O movimento foi realizado também nos municípios pelo interior de Minas Gerais. Prefeituras e servidores municipais organizaram caminhadas, carreatas, paralisação de serviços e colocaram faixas de protestos em prédios públicos. Alguns hospitais filantrópicos filiados a Federassantas também apoiaram o movimento, como por exemplo o Hospital São Paulo, em Muriaé.
Por: Raquel Gontijo – Assessoria de Comunicação Federassantas
