Candidatos a bariátrica pelo SUS participam de encontro com equipe multidisciplinar do Hospital Bom Samaritano

Uma oportunidade para tirar dúvidas sobre alimentação, mitos e verdades sobre o procedimento antes de decidir pela cirurgia

No dia 25 de outubro, o Hospital Bom Samaritano (HBS) promoveu o 2º Encontro de Integração ao Procedimento Bariátrico de 2022, uma oportunidade para falar sobre os mitos e as verdades que envolvem a cirurgia, do pré ao pós-operatório. O encontro com uma equipe multidisciplinar funciona como um prepara do paciente para uma série de mudanças que deve acontecer da alimentação ao estilo de vida.

Uma das grandes dúvidas levantadas pelos participantes é em relação a alimentação pós-cirúrgica e como acontece a perda de peso, que deve ser gradual e alinhada a atividade física moderada, é o que explica Carolina Lordes Laje Batista, nutricionista do HBS. “É um processo que exige do paciente disciplina e muita força de vontade. Primeiro acontece a dieta liquida, com a diminuição e até exclusão do sal e do açúcar, depois passa pela fase pastosa até voltar a alimentar normalmente. Neste tempo, o estomago descansa e o paladar é limpo, o paciente sente a diferença. A perda de peso é maior nos seis primeiros meses e isso ajuda a ganhar confiança e manter os bons hábitos adquiridos logo no inicio do processo”, concluiu Batista.

As mudanças no corpo devem ser alinhadas as mudanças de pensamentos e atitudes, durante a palestra, José Soares, psicólogo que integra a equipe multidisciplinar no HBS, falou sobre a importância do candidato a cirurgia apresentar suas dificuldades, compulsões alimentares, desejos, desafios e limites. “Este é o momento ideal para que o paciente possa falar sobre tudo, desde a baixa autoestima a insegurança com relação à cirurgia de redução de estômago. No acompanhamento também oriento quanto aos aspectos psicológicos juntamente com a evolução da dieta, principalmente a velocidade alimentar, que está intimamente ligada à ansiedade e às possíveis lembranças da alimentação que tinha anteriormente”, explica Soares.

Cristian Kelly da Silva de 37 anos, convive com o pré diabetes e o ovário policístico, o que segundo ela, pode ter contribuído com o ganho de peso. As visitas constantes aos médicos e a quantidade de medicamentos diários foram decisivos para procurar ajuda. “Não consigo engravidar, meus hormônios estão desregulados, também tenho problema de pressão, o que está acontecendo aqui, neste momento, é importante. Ouvi tantas inverdades sobre a bariátrica que cheguei com medo e estou saindo confiante que tudo vai dar certo”, concluiu a dona de casa.

Relatório divulgado pelo Ministério da Saúde e apresentado durante o evento, constatou que a população brasileira com sobrepeso é de 57,25%, e o índice de obesidade ficou com 22,35%, números que obtiveram alta quando comparados a 2019 sendo 55,4% para quem está acima do peso e 21,55% para indivíduos com algum grau de obesidade.

Já o número de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS no mesmo período pelo Hospital Bom Samaritano teve queda de 45,21%. Em 2020, foram realizadas 212 cirurgias e em 2021, 125 pacientes passaram pelo procedimento, tudo devido a pandemia a suspensão das cirurgias.

A paciente tem acesso a todos os dados e é mostrado que a obesidade é uma doença crônica é o que afirma o médico cirurgião, Emerson Silveira de Araújo. “Não basta operar, temos que conscientizá-lo e acompanhá-lo para um resultado que garanta qualidade de vida, explica Araújo, um dos responsáveis pela cirurgia bariátrica do HBS.

Fonte: Dados extraídos do Relatório Vigitel 2021, realizado pelo Ministério da Saúde.

Complexo Hospitalar Bom Samaritano 

Mantido pela Beneficência Social Bom Samaritano, que há 73 anos trabalha em prol da saúde dos valadarenses e de moradores dos mais de 89 municípios de todo Vale do Rio Doce, o Hospital Bom Samaritano está em pleno funcionamento há 22 anos, mas desde 1998 presta o serviço de combate ao câncer na cidade (23 anos como hospital do Câncer de Governador Valadares).

É considerado um Complexo Hospitalar, tem cerca de 1.440 colaboradores (incluindo os serviços terceirizados) e é responsável por cerca de 40% dos leitos hospitalares da cidade. O HBS teve em 2021, 88,53% dos seus atendimentos voltados para pacientes encaminhados pelo SUS o que reforça seu caráter filantrópico e os outros 11.47% de atendimentos restantes são de convênios, particulares e filantropia.

Números de 2021, registrados no Relatório de Gestão da mantenedora, mostram que foram realizados 8.054 internações hospitalares e 310.479 atendimentos ambulatoriais.

O Hospital Bom Samaritano conta com residência médica, autorizada pelo MEC, nas áreas de Cardiologia, Nefrologia, Otorrinolaringologia, Intensivista, Oncologia Clínica e oftalmologia e tem convênio com a Universidade Federal de Juiz de Fora e com a Univale, ambos para garantir espaço de estágio aos estudantes, cumprindo seu papel e sua missão junto à comunidade onde está inserido.

E considerado referência em alta complexidade para toda a região nas áreas de Oncologia, Nefrologia, Cirurgia Bariátrica, Ouvido Biônico, Cardiologia, Traumatologia e Ortopedia, sendo todos serviços os credenciados pelo SUS e administra UPA 24h considerada Tipo III de Complexidade Intermediária (100% SUS).

Fonte: Dados do Relatório de Gestão de 2021

Fonte: Assessoria de Comunicação Hospital Bom Samaritano – Lígia Heringer 

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