Artigo Core Saúde: Gestão competente – um equilíbrio para o setor da saúde no país

Os hospitais filantrópicos, historicamente, sempre dependeram dos recursos não operacionais para sua sustentabilidade e desde a sua criação, existiam os filantropos que destinavam recursos próprios para a manutenção das instituições.

Com o passar dos tempos, tais instituições foram “incorporadas” à saúde pública e, atualmente ao SUS, sendo responsáveis por
mais de 60% desses atendimentos no país. 

Tal situação é de extrema preocupação, um vez que as instituições, dependem do incerto para poderem cumprir com suas obrigações. A busca incansável pelas receitas não operacionais é uma prática diária que a gente faz de forma a vir complementar os resultados da instituição. 

Nesse cenário, uma gestão administrativa competente é de extrema importância, uma vez que, um planejamento estratégico e financeiro sólidos, consegue manter em dia as suas obrigações, podendo, inclusive, reinvestir na instituição, o que não afasta a dependência de receitas não operacionais. 

Além disso, uma grande ação que implementamos foi o DRG (Diagnosis-related group), por meio do qual, com os mesmos recursos, conseguimos produzir mais. Isso porque foi possível a diminuição drástica da média de permanência dos pacientes, ou seja, um leito que antes, em 10 dias, recebia um paciente, hoje recebe dois nesse intervalo de tempo, aumentando a rentabilidade da instituição.

Na diretoria do Complexo São João de Deus há quatro anos, e há um mês como Diretor Presidente, vários foram os processos implantados, onde posso destacar alguns projetos: a implantação do DRG (Diagnosis-related group); do NIR (Núcleo Interno de Regulação); da aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados; do Programa de Integridade com um Canal de Denúncias estruturado; a integração da Escola de Técnicos de Enfermagem e o Programa Trilhas do Futuro; a modernização de todo parque tecnológico e a revisão da estrutura predial da instituição; além da nova modelagem da Hotelaria e Serviço de Nutrição Dietética
com atendimentos mais humanizados, aperfeiçoando a cada dia como forma de trazer mais conforto aos pacientes, acompanhantes  e colaboradores. Isso tudo sem considerar a ampliação das estruturas físicas do complexo.

Todo esse esforço veio a ser coroado com as Certificações ONA nível 1, Angels Brasil e ESG, sendo que estamos em busca do HIMMS nível 7, o que deve acontecer no começo de 2024.

Todos os projetos colocados em prática são significativos e fruto de uma gestão competente. Vivemos em um mundo de grandes incertezas, mas com as novas administrações, tenho a convicção de que os filantrópicos encontrarão um equilíbrio para a saúde no país. Digo isso não apenas para a Fundação Geraldo Correa – Complexo São João de Deus, mas também para vários outros hospitais que veremos despontando com importância no cenário estadual e nacional daqui para frente.

André Waller – Membro do Core Saúde e Diretor Presidente do Complexo de Saúde São João de Deu

Compartilhar esse post