Projeto Linhas que dão Vida da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis alfabetiza pacientes da Hemodiálise em parceria com a PBH
A partir de agora, 75 pacientes do Setor de Hemodiálise da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis (FHFSA) estão sendo alfabetizados com aulas do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal Hugo Pinheiro Soares, que funciona no bairro Concórdia. As aulas, que integram o Projeto Linhas que dão Vida, desenvolvido pela Fundação em parceria com e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Educação, acontecem durante o tratamento dos pacientes/alunos, todos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
O projeto é formado por seis turmas. Cada uma delas terá aulas dois dias da semana entre as segundas e quintas-feiras. A idade dos pacientes/alunos varia de 30 a 96 anos. O EJA é destinado apenas ao Ensino Fundamental 1 e 2, favorecendo jovens, adultos e idosos com atendimento para alfabetização e certificação, com inserção social.
A entrega do material didático aos pacientes foi feita pela secretária Municipal de Educação, Roberta Rodrigues Martins Vieira, pelos superintendentes da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis, Hélder Yankous, Leonardo Brescia e Adriana Melo; e pela diretora da Escola Municipal Hugo Pinheiro, Ana Luiza Mota Melo. A solenidade reuniu, ainda, a presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social de Minas Gerais (Servas), Christiana Noronha Renault de Almeida; o gerente da Regional Nordeste da PBH, Rui Ferraz; o gerente da Educação de Jovens e Adultos, Diego de Oliveira; a coordenadora do EJA, Denise Fernanda Risi. Além de professores da Escola Municipal Hugo Pinheiro; representantes da Comissão Municipal de Nefrologia e Transplantes de Belo Horizonte e funcionários da Fundação.
De mãos dadas
Destacando a ampliação dos cuidados que os pacientes recebem na Fundação, a secretária Municipal de Educação, Roberta Martins, ressaltou a importância de ações intersetoriais, entre a educação e a saúde, especialmente quando se trata do atendimento às pessoas jovens e adultas que não foram alfabetizadas. Roberta Martins explicou que “a iniciativa está disponibilizando professores dedicados a trabalhar e desenvolver novos horizontes em suas vidas. Estamos aqui dando as mãos para que o sucesso aconteça junto à saúde”.
Idealizadora do Projeto Linhas que dão Vida, a superintendente de Serviços Hospitalares da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis, Adriana Melo, explicou que a ideia do projeto surgiu há cerca de cinco anos, quando ela mesma passou a observar que muitos pacientes eram semialfabetizados ou não alfabetizados e, as horas que passavam na unidade todas as semanas, poderiam ser utilizadas de forma mais produtiva. Adriana Melo ressaltou que com a alfabetização, os pacientes podem ter até mesmo um resultado melhor no seu tratamento, já que parte das orientações, muitas vezes, é escrita e eles poderão fazer um acompanhamento mais próximo.
Segundo Adriana Melo, o projeto também veio em cima dessa necessidade dos próprios pacientes, porque quanto mais informação eles têm sobre a sua doença, sobre os alimentos que eles podem ingerir, mais você garante a eficácia do tratamento.
O superintendente-geral da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis, Helder Yankous, agradeceu o empenho da Secretaria Municipal de Educação e a Escola Municipal Hugo Pinheiro Soares para o funcionamento do EJA no Setor de Hemodiálise. A coordenação do EJA é de Denise Fernanda Risi. Os professores responsáveis pelas turmas são Ernane Alves Siqueira, Selma Pereira de Macedo e Maria Cecília Marques de Carvalho Monteiro.
Nesta terça-feira, o paciente Serafim Barbosa estava fazendo exercícios de matemática. Ele não escondeu a dificuldade em fazer contas de multiplicação, mas estava animado com a possibilidade de vencer os números e conquistar seu diploma do Ensino Fundamental. Ele está confiante no Projeto Linhas que dão vidas.
Avaliação
O EJA conta com um método de avaliação específico, para conseguir analisar o nivelamento e desempenho de cada aluno. Por meio desse método é possível diagnosticar quanto tempo o estudante levará para conseguir se formar no Ensino Fundamental. O tempo pode variar entre seis a 48 meses, a depender do resultado do nivelamento do aluno. O projeto é destinado a apenas Ensino Fundamental 1 e 2.
Pela parceria, a Prefeitura de Belo Horizonte disponibilizará três professores da Escola Municipal Hugo Pinheiro Soares, capacitados para realizarem a alfabetização dos pacientes interessados. As aulas são realizadas no local onde o paciente passa pela sessão de tratamento e começa sempre após a primeira hora de hemodiálise. O término acontece 20 minutos antes do final do tratamento.
Nas aulas são utilizadas atividades impressas com a explicação dos conteúdos e exercícios para sua fixação. Todos os itens didáticos e o material escolar dos alunos são fornecidos pela PBH e pela Secretaria Municipal de Educação. Cada professor é responsável pela quantidade de alunos que pode atender e tirar dúvidas. A FHFSA tem como corresponsabilidade disponibilizar uma sala para a Sala dos Professores, com armário, mesa e tomadas para que os tablets sejam carregados.
Assessoria de Imprensa: Telma Santos.