Cientistas descobrem forma de remover cromossomo extra da Síndrome de Down

Pesquisa japonesa usa técnica inovadora para corrigir células com Síndrome de Down e abre esperança para tratamentos no futuro

Pesquisadores japoneses fizeram uma descoberta promissora no campo da genética ao conseguirem remover o cromossomo extra que causa a Síndrome de Down. O estudo completo, dos cientistas japoneses, da Universidade de Mie e Universidade de Saúde de Fujita, foi publicado na revista científica PNAS Nexus. Utilizando a técnica CRISPR-Cas9, um método de edição genética, eles restauraram a expressão normal das células em laboratório, trazendo novas perspectivas para tratamentos no futuro.

A Síndrome de Down ocorre quando uma pessoa nasce com uma cópia extra do cromossomo 21, o que afeta cerca de 1 a cada 700 nascidos vivos no Brasil. No mundo, a incidência estimada é de 1 em cada 1.000 nascidos vivos.

RESULTADO POSITIVO!

No estudo, os cientistas utilizaram células cultivadas em laboratório, derivadas de células-tronco e fibroblastos da pele, para testar a remoção desse cromossomo extra. O resultado foi positivo: o material genético foi corrigido sem comprometer a estrutura das células.

No Brasil, ainda não há pesquisas semelhantes utilizando essa técnica para a Síndrome de Down. No entanto, estudos anteriores em outros países já haviam conseguido “silenciar” o cromossomo extra, demonstrando que há um caminho possível para futuras terapias genéticas.

Apesar do avanço, especialistas ressaltam que a pesquisa ainda está em estágio inicial, sem previsão para aplicação clínica em humanos. O próximo passo é aprofundar os estudos para entender a segurança e eficácia desse método antes de qualquer uso terapêutico.

Fonte: PNAS Nexus – Oxford Academic

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