Em um cenário onde a inclusão ainda caminha a passos lentos, o Hospital São Francisco (HSF), com duas unidades no Bairro Concórdia e Santa Lúcia, em Belo Horizonte, está dando exemplo de inclusão social com duas ações inéditas: vai ampliar a contratação de profissionais com deficiência (PCDs) na área administrativa e está oferecendo um curso gratuito de português voltado a colaboradores migrantes. A ideia é ajudar na adaptação e abrir portas para oportunidades no mercado de trabalho. O anúncio da ampliação do Projeto São Chico Acolhe foi feito pelo médico e superintendente técnico-assistencial do HSF, Leonardo Brescia. Com as novas iniciativas, o Hospital São Francisco em Belo Horizonte, dá um passo à frente com ações concretas para transformar vidas. Atualmente, o Hospital São Francisco tem dezenas de colaboradores PCDs e 18 imigrantes da Venezuela, Colômbia e Haiti.
Mais oportunidades
Ampliando as oportunidades para profissionais com deficiência, a instituição reforça seu compromisso com a inclusão no mercado de trabalho. Um exemplo é a colaboradora Kênia Milanez. Ela entrou na instituição há menos de dois anos, atuando como auxiliar administrativo na Gerência de Relações Institucionais, Comunicação e Projetos. Com perda auditiva parcial, Kênia está fazendo faculdade de Gestão em Recursos Humanos e foi promovida recentemente para assistente de pessoal júnior do Departamento Pessoal. Para ela, fazer parte da equipe do Hospital São Francisco é mais do que um emprego — é ser vista e respeitada em sua totalidade.
Com três anos no Brasil, o serralheiro e soldador venezuelano Kevin Spinetti, de 30 anos, trabalha no setor de manutenção do HSF há dois anos. Ele migrou para conseguir uma vida mais digna. Com a ajuda do Serviço Jesuítas a Migrantes do Brasil em Belo Horizonte, ele conseguiu emprego formal com carteira assinada e todos os benefícios trabalhistas dentro do Programa São Chico. Ele foi um dos primeiros a se inscrever no curso de português para melhorar sua pronúncia e tentar novas oportunidades na instituição. “Não basta apenas abrir as portas para a contratação. É preciso garantir que essas pessoas se sintam acolhidas, respeitadas e incluídas. Isso também é cuidado com a saúde”, destaca o médico e superintendente técnico-assistencial do HSF, Leonardo Brescia. Ele explica ainda que o curso gratuito de Português que será oferecido aos colaboradores estrangeiros — que enfrentam, além da saudade de casa, a barreira da nova língua e os desafios de adaptação cultural no ambiente de trabalho — visa proporcionar aos participantes um maior senso de pertencimento, segurança e bem-estar.
A venezuelana Yexmin Hernandes Vargas chegou ao Brasil há sete meses. Tem cinco meses que trabalha no Setor de Manutenção como assistente administrativo. A língua tem sido sua maior dificuldade. Com a oportunidade de estudar Português no próprio local de trabalho, ela espera se aprimorar e crescer profissionalmente na instituição.
O gerente de Pessoas, João Paulo Taranto, e a coordenadora do Setor de Recursos Humanos, Carla Amélia, explicam que o curso tem como foco a comunicação cotidiana no ambiente de trabalho. “A iniciativa vai muito além de aulas maçantes de gramática e regras de linguagem. É uma ferramenta de inclusão integração, acolhimento e dignidade”, ressaltam.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Hospital São Francisco