Durante reunião realizada ontem (16/03) na regional Sul, filiados e representantes da Federassantas debateram sobre a participação dos hospitais associados no Comitê Gestor da Rede de Urgência e Emergência do estado. O comitê, que foi aprovado na deliberação CIB-SUS/MG Nº 2.288, de 16 de março de 2016, tem como objetivo representar o espaço formal de discussão e implementação das adequações permanentes do Sistema de Atenção Integral às urgências, decidir e planejar ações da Rede, garantir que os membros possam discutir, avaliar, sugerir as diretrizes e ações prioritárias, entre outras atividades.
No encontro, que ocorreu no hospital Alzira Velano (Alfenas), Fábio Montanari, administrador do Hospital Escola de Itajubá, informou que foi solicitado à Federassantas que indicasse os hospitais de cada tipologia para esse comitê gestor. Segundo ele, os hospitais selecionados foram: Santa Casa do município de Passos; Hospital das Clínicas Samuel Libânio (Pouso Alegre); Hospital Escola de Itajubá; Hospital Alzira Velano (Alfenas); Instituto de São Vicente de Paulo (Cassia) e Hospital São Vicente de Paulo (Carrancas).
Na reunião, o superintendente Adelziso Vidal e a presidente da Federação, Kátia Rocha, também apresentaram aos filiados o “Programa de regionalização da Federassantas: desdobramento estratégico 2017”. Montanari destacou aos filiados presentes a importância de fornecer indicadores das instituições para conseguir estruturar um banco de dados e estratificar por região. Para Daniel Porto Soares, diretor administrativo da Santa Casa de Passos, é fundamental “desenvolver uma base para ter representação com mais consistência, e devemos também conscientizar os representantes dos hospitais do momento que estamos passando, ter uma coesão para solucionar os problemas. É preciso ter a saúde em números para criar um plano estratégico do setor”. Segundo ele, a ferramenta para mensurar estes dados irá trazer resultados de médio e longo prazo para os filantrópicos.
ATRASO CRÔNICO DE REPASSES
Durante os encontros nas regionais, gestores dos hospitais filiados sempre questionam o atraso de repasses públicos. Segundo o diretor administrativo da Santa Casa de Passos, alguns programas estão com atrasos desde outubro do ano passado, é o caso da Rede Urgência e Emergência , leitos de retaguarda da UTI e clínica médica, Rede Resposta (parcelas janeiro e fevereiro), entre outros. “Existe certa apreensão neste momento que estamos passando, essa indefinição dos pagamentos, se vai ter continuidade dos programas ou não”, afirma. Ele completa que os repasses para extrapolamento sofrem um acumulo crônico e que mesmos os hospitais da região tendo judicializado, os pagamentos até hoje ainda não foram feitos.
