Santas Casas e hospitais filantrópicos em diversas cidades e regiões do estados já aderiram ao movimento “Federassantas pela saúde de Minas”. O movimento, que é uma iniciativa da Federassantas, está programado para amanhã (26/05) e tem o objetivo de chamar a atenção e mobilizar a sociedade para a grave crise que os hospitais filantrópicos e a saúde em Minas estão enfrentando.
Os hospitais que aderiram ao movimento vão cobrir parte da fachada da instituição com um faixa preta e distribuirão um informativo à população, pacientes e funcionários dos hospitais, sobre a crise no setor e explicações sobre as consequências deste cenário para os hospitais e para a população.
A Federassantas, representada pela presidente Kátia Rocha, já se mobiliza para entrar na Justiça para que as autoridades cumpram com os pagamentos atrasados e dívidas com os hospitais filantrópicos. Sem recursos, vários hospitais deram início à suspensão de importantes serviços à população e ao corte de leitos para pacientes do SUS. Agora, as internações só são feitas quando há condições mínimas necessárias para se garantir o atendimento aos pacientes. A crise hospitalar também coloca em alerta outras entidades de saúde, como Conselho Regional de Medicina, de Enfermagem e de Farmácia.
Em Minas Gerais, pelo menos 128 hospitais filantrópicos sofrem com atrasos nos repasses de recursos financeiros e com uma dívida do Governo de Minas que, até maio deste ano, já ultrapassa 250 milhões de reais.
REPRESENTAÇÃO
Os filantrópicos atendem todas as 853 cidades de Minas e representam 70% das internações de pacientes do SUS. Em 2016, esses hospitais garantiram mais de 800 mil internações; mais de 320 mil cirurgias e quase 1,5 milhão de tratamentos contra o câncer. Além disso, 57% dos partos, pelo SUS, foram realizados pelos filantrópicos.
Sem os filantrópicos, a rede pública de saúde não funciona e os hospitais públicos não darão conta de atender toda a população.
