Pesquisadores desenvolvem vacina personalizada contra melanoma

O nome “câncer” não faz jus à complexidade de um conjunto de doenças completamente diferentes entre elas e que variam de paciente para paciente. Por isso, o futuro do tratamento dos mais 100 tipos de tumores malignos conhecidos tem sido associado à individualização das terapias. Dois estudos publicados na edição desta semana da revista Nature avançaram nesse sentido, mostrando a viabilidade da produção de vacinas personalizadas para melanoma, tipo agressivo de câncer de pele. Embora muito iniciais, os trabalhos foram recebidos com entusiasmo pela classe médica.
A ideia dos pesquisadores do Instituto Dana-Faber, de Boston, nos Estados Unidos, e da Corporação Biofarmacêutica Novas Tecnologias (BioNTech), na Alemanha, era induzir uma resposta do próprio organismo para lutar contra as células doentes. “É exatamente o mesmo princípio de uma vacina comum, contra doenças virais, por exemplo. Você pega um antígeno e injeta no corpo para gerar anticorpos. Mas, em vez de um vírus, a ação é contra o tumor com mutações do próprio paciente”, esclarece o oncologista Rafael de Negreiros Botan, do Instituto de Câncer de Brasília.

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