O hospital Sofia Feldman é referência em partos humanizados e atenção neonatal no país. Os profissionais da instituição estão presentes em todas as etapas do planejamento familiar, prestando assistência materno-infantil desde o pré-natal até o momento do parto e cuidados ao recém-nascido. O hospital atende famílias de 300 municípios mineiros, realiza em média 900 partos por mês e mais de 11.000 nascimentos ao ano. Possui 150 leitos: 60 obstétricos, 41 de UTI Neonatal, 36 de Unidade de Cuidados Intemediários Neonatais e 13 de outras clínicas. É a maior unidade de atenção neonatal de Minas Gerais, com média de 150 internações por mês.
No entanto, apesar de oferecer 100% de seus serviços e atendimentos ao SUS, vive atualmente uma situação financeira muito grave. Todo mês, há um déficit de R$ 1 milhão da receita: faltam remédios para os recém-nascidos, os salários de funcionários e honorários médicos estão atrasados há dois meses e há dívidas com fornecedores. A receita média do Sofia Feldman é de R$ 4,8 milhões, mas o custo mensal é de R$ 5,8 milhões; ao final do ano a conta chega a R$ 12 milhões. O hospital sobrevive com recursos federais e estaduais, sem nenhum aporte da Prefeitura de Belo Horizonte até 2016. A instituição também não recebe o incentivo de hospital escola, apesar de ter sido reconhecido como hospital de ensino em 2014.
Desde setembro de 2013, as receitas não sofrem nenhum tipo de reajuste (tabela e incentivo defasados), ao contrário das despesas, que todo ano estão sujeitas a inflação e acordos de categorias profissionais. Além disso, há uma defasagem de 30% dos valores dos incentivos 100% SUS: Incentivo de Adesão à Contratualização (IAC) e Incentivo de Qualificação da Gestão Hospitalar IGH (que compõem o Plano Operativo Anual, POA). Destaca-se também o sub financiamento da atenção materna de risco habitual, onde há uma grande defasagem entre o custo e a tabela. Diante de tamanhas dificuldades, a instituição corre o risco de reduzir o número de atendimentos, trazendo prejuízos e desamparo a famílias de todo o estado de Minas Gerais.
Para dar visibilidade à crise financeira do hospital, chamar a atenção do poder público para a grave situação e buscar uma solução para reverter este cenário, o Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte se juntou aos movimentos sociais para organizar o #AbraceoSofia, manifestação em defesa da instituição, que será realizada amanhã, dia 08/03, às 09h, em frente ao hospital, na rua Antônio Bandeira, 1.601, bairro Tupi. A mobilização conta com o apoio dos profissionais, usuários, organizações não governamentais, sindicatos, conselheiros, voluntários, amigos, comunidade e simpatizantes.
Apoie também este movimento! #AbraceoSofia
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