Casos de herpes-zóster aumentam e podem ter relação com a COVID-19

A doença, conhecida como cobreiro, é uma infecção viral, se manifesta em pessoas que já tiveram catapora e é provocada pelo vírus varicela zoster (VVZ).

 

Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) mostrou um aumento de 35% dos casos de herpes-zóster durante os dois anos da pandemia da COVID-19. A coordenadora de Ciência, Inovação e Tecnologia do Laboratório São Paulo, Cláudia Assunção, revela que qualquer doença que altere o equilíbrio do sistema imune pode reativar ou levar às pessoas a desenvolverem herpes-zóster.

“Assim a COVID-19 pode ser um dos fatores para o surgimento da doença. Vários relatos médicos e estudos científicos mostram que pacientes tiveram herpes-zóster em até 10 dias após a COVID. Parece haver uma correlação entre as duas doenças, mas os estudos ainda são insuficientes para dizer que há uma relação direta. O isolamento pelo qual as pessoas passaram durante a pandemia também podem ter interferido no sistema imune e reativado a doença”, explica Cláudia Assunção.

A doença herpes-zóster, popularmente conhecida como cobreiro, é uma infecção viral, se manifesta em pessoas que já tiveram catapora e é provocada pelo vírus varicela zoster(VVZ). Quem teve catapora ou contato com o vírus, pode em algum momento ter a doença, que fica incubada, na maioria dos casos, por longo tempo. Os principais sintomas da herpes-zóster são lesões graves e dolorosas na pele, coceira e ardor local, febre, dor de cabeça, mal estar, formigamento e dores nos nervos.

De acordo com o hematologista, patologista clínico e diretor do Laboratório São Paulo, Daniel Dias Ribeiro, manter o cartão de vacina atualizado é muito importante. “Tomar vacina é a melhor maneira de se proteger contra os vírus e ela deve ser tomada pelas pessoas acima dos 50 anos. A vacina evita que a pessoa tenha a doença e fortalece a imunidade”, explica.

A vacina herpes-zóster é aplicada em dose única e só está disponível na rede particular. Ela é indicada mesmo para quem já teve a doença. A orientação é aguardar um ano após ter tido o quadro agudo. A vacina evita que a pessoa tenha cobreiro novamente por até três anos. Pessoas com alergia grave (anafilaxia) a algum componente da vacina, imunodeprimidas, gestantes, ou com tuberculose não tratada, não devem tomar a vacina.

 

Fonte: Jornal Estado de Minas

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