A equipe da Universidade de Sun Yat-sen usou uma técnica chamada “edição de base” para corrigir um único erro entre as 3 bilhões de letras do nosso código genético. Eles alteraram embriões feitos em laboratório para “extrair” do genoma a doença talassemia beta. A equipe acredita que o experimento pode levar, algum dia, ao tratamento de uma série de doenças herdadas geneticamente.
A talassemia beta é provocada por uma mudança em uma única base no código genético – conhecida como “mutação pontual”. Os pesquisadores chineses a “editaram de volta”. Eles copiaram o DNA e trocaram o G por um A, corrigindo o problema.
Os experimentos foram feitos com tecidos de um paciente com a doença, e usaram-se embriões humanos clonados.
“Esse estudo demonstrou a viabilidade de se curar doenças genéticas em embriões humanos com o sistema de editor de base”, escreveram os pesquisadores na revista especializada “Protein & Cell”.
A revista provocou controvérsia em 2015, quando publicou um artigo no qual os mesmos autores relataram experiências com a Crispr-Cas9 para modificar o gene da talassemia. Esse artigo gerou pedidos de interrupção das experiências envolvendo a edição genética de embriões humanos.
Muitos temem que essa tecnologia possa levar ao chamado “design de bebês”, ou seja, à criação de humanos com determinadas características físicas e cognitivas.
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Jornal O Tempo/Ciência e Saúde