Considerada rara, Esclerose Sistêmica conta com tratamento oferecido pelo SUS na Santa Casa de BH

Considerada rara, Esclerose Sistêmica conta com tratamento oferecido pelo SUS

Dia Mundial de Conscientização da doença é celebrado em 29 de junho; Santa Casa BH é referência no atendimento, na capital mineira 

Conhecida popularmente como “pele dura”, a esclerose sistêmica (esclerodermia) é uma doença autoimune, rara e, muitas vezes, de difícil diagnóstico. Por esse motivo, em 29 de junho, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da doença, data que tem como objetivo alertar a sociedade sobre essa condição, caracterizada pela desregulação do sistema de defesa do organismo, pelo acometimento vascular e pela fibrose (excesso de produção de colágeno) na pele e nos órgãos internos. 

As causas exatas da esclerodermia ainda são desconhecidas, mas se sabe que, em pessoas geneticamente predispostas, a interação com agentes ambientais (infecções, estresse, tabagismo e medicamentos) pode desorganizar o sistema imunológico, contribuindo para o surgimento da doença. As mulheres negras, entre 30 e 50 anos, com antecedentes familiares dessa e de outras enfermidades autoimunes, representam o grupo de maior risco. 

O coordenador do Serviço de Reumatologia da Santa Casa BH, Dr. Eduardo José do Rosário e Souza, explica que, didaticamente, a esclerodermia é classificada em dois tipos principais, sendo um deles a forma localizada, que é restrita à pele e não envolve órgãos internos. 

Já a forma sistêmica (esclerose sistêmica), “além da pele, afeta também os órgãos internos, sendo quatro vezes mais frequente no sexo feminino e incidindo, principalmente, na quarta década de vida. Esse tipo da doença pode acarretar diversas complicações, como a dificuldade de engolir alimentos, a fibrose pulmonar e a hipertensão pulmonar”, alerta Souza. 

Tratamento no SUS 

A Santa Casa BH Hospital de Alta Complexidade 100% SUS é uma das instituições de referência na capital mineira que realizam o tratamento da esclerose sistêmica. Segundo o coordenador do Serviço de Reumatologia, há um ambulatório semanal especializado no diagnóstico e no tratamento da doença e que atende, atualmente, cerca de 40 pacientes por mês. Além do Dr. Eduardo Souza, participam do atendimento o Dr. Thales Azevedo e a Dra. Karine Sousa.

O médico reforça, no entanto, que a esclerodermia não tem cura, seja somente na forma localizada (restrita à pele) ou na sistêmica. “Muitas vezes, a manifestação localizada pode ter regressão ou estabilização espontânea, após alguns anos. Já na esclerose sistêmica, que é uma doença inflamatória crônica, com o diagnóstico precoce, o acompanhamento periódico e o tratamento individualizado, voltado para as diferentes manifestações clínicas presentes, é possível ter um bom controle e uma melhor qualidade de vida, na maioria dos casos”, afirma Souza.

Para que o tratamento seja bem sucedido, o diagnóstico precoce é fundamental. Nesse sentido, é preciso ficar atento aos sintomas da esclerodermia. “Pessoas que apresentam mudança de cor nas extremidades durante o frio ou em situações de estresse, alteração que é conhecida como Fenômeno de Raynaud, e perceberem que a pele está mais dura, principalmente em dedos das mãos e face, devem procurar assistência médica”, conclui o coordenador do Serviço de Reumatologia da Santa Casa BH.

Assessoria de Imprensa: Laio Amaral

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