A imunoterapia poderá substituir um dia a quimioterapia na luta contra o câncer? Qualificada por alguns de revolução e coroada nesta segunda-feira com o Prêmio Nobel de Medicina, esta técnica consiste em reforçar as defesas do corpo ante a doença.
O prêmio foi atribuído a dois imunologistas, o americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo, por terem descoberto como provocar uma resposta do organismo contra o câncer, neutralizando algumas moléculas que lhe impedem de se defender.
A imunoterapia “está em pleno auge, é talvez a via mais importante descoberta recentemente para tratar o câncer”, afirma à AFP o pesquisador francês Pierre Golstein.
“É uma revolução equivalente à chegada dos antibióticos”, afirma Eric Vivier, pesquisador e diretor científico da Innate Pharma, empresa francesa de biotecnologia especializada na pesquisa deste tratamento.
Esta técnica encontra-se em estágio inicial e não funciona com todos os pacientes. Mas as expectativas são altas, de modo que a indústria farmacêutica está investindo maciçamente.
Fonte: Jornal Estado de Minas