Medicamento ‘Juluca’ combina dois antirretrovirais da nova leva. Drogas foram adotadas recentemente por possuírem menos efeitos colaterais.
Os Estados Unidos aprovaram um novo medicamento que impede a ação do HIV-1 no organismo. Trata-se de uma combinação entre outros antirretrovirais já existentes no mercado: o dolutegravir e a rilpivirina. Entre os medicamentos da nova geração, o Juluca, como é conhecido comercialmente, é o primeiro a combinar dois compostos.
Infectologistas brasileiros comemoraram a aprovação — que aumenta a adesão ao tratamento (já que lembrar de uma só droga é mais simples). Uma outra vantagem da terapia é a diminuição de toxicidade dos medicamentos existentes.
“Depois do tratamento mais eficiente de nova geração, esse é o primeiro com somente duas drogas”, diz Esper Kallás, infectologista e professor da Faculdade de Medicina da USP.
A nova geração de antirretrovirais tem como principal característica o fato de possuírem menos efeitos colaterais que tratamentos mais antigos — como o efavirenz, que piorava sintomas de pacientes psiquiátricos. No entanto, não havia até agora uma única pílula que combinasse os compostos mais recentes.
O medicamento aprovado nesta terça-feira (21) deve ser utilizado em pacientes com supressão do vírus ao menos por seis meses (ou seja, que estivessem usando outros tratamentos). Também ele não deve ser administrado em indivíduos que já apresentaram resistência a alguns dos componentes da nova droga.
A ideia é que o paciente comece a tomar a medicação de referência mais comum (como o dolutegravir ou o efavirenz) e que só depois comece a usar o Juluca para manter o que os outros medicamentos já conseguiram: ou seja, manter a carga viral a mais baixa possível.
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G1 – Bem Estar