Gestão de custos: ferramenta poderosa para o desenvolvimento dos hospitais filantrópicos

As Santas Casas e os hospitais filantrópicos vem enfrentando desafios na gestão dos seus recursos financeiros cada vez mais escassos. Ao mesmo tempo essas instituições carregam a responsabilidade de mais da metade dos atendimentos dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e por 70% dos procedimentos de alta complexidade da rede.

Na tentativa de equilibrar as defasagens dos financiamentos pelos agentes públicos, precisam complementar a sua receita com a prestação de serviços para a saúde suplementar e rede particular, tendo como condição uma Gestão de Custos muito mais eficiente, capaz de entregar qualidade na estrutura e nos serviços prestados.

A chegada da pandemia da Covid-19 no Brasil acentuou ainda mais o cenário desafiador pelo qual essas instituições enfrentam nos últimos anos. Esse panorama foi constantemente retratado pela falta de leitos, suprimentos e estrutura para atender toda a demanda gerada pelo Novo Coronavírus, tornando evidente a necessidade de uma gestão de custos e recursos eficiente, capaz de facilitar tomadas de decisões e garantir a sustentabilidade das instituições evitando o seu fechamento e assim cumprir seu papel perante a sociedade.

 A apuração dos custos em estabelecimentos de saúde é um trabalho complexo que requer conhecimento técnico, métodos precisos e um eficiente sistema de informações gerenciais, que proporcione agilidade, rapidez e eficácia na disponibilidade das informações aos gestores.

De acordo com CEO da Apure, Marcelo Simões, que atua como consultor e especialista da área de custos, a gestão de custos auxilia os gestores a realizarem as medições necessárias para conduzir corretamente o negócio e, durante a pandemia, esse trabalho se mostrou imprescindível e continuará sendo no pós-pandemia. “Nesse contexto, a implantação da gestão de custos torna-se fundamental para fornecer aos gestores, instrumentos gerenciais que possam auxiliá-los nas adequadas tomadas de decisão, necessários às sustentabilidades econômica e financeira da instituição.

Durante a pandemia foi perceptível a queda na produção e consequente queda continuada das margens de lucros dos prestadores, que já era demasiadamente baixa. Diante desta constatação e para enfrentamento da crise que já assola as instituições, a gestão eficaz será imprescindível para que as empresas possam analisar os impactos da pandemia e traçar novas estratégias”, explica.

Para a pesquisadora do núcleo observatório de custos e economia da saúde da UFMG, líder do Grupo de Pesquisa Econômica da Saúde Fhemig e professora da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (Federassantas), Márcia Mascarenhas Alemão, as instituições de saúde filantrópicas estão vivenciando um momento completamente novo, em que a importância da informação para a redução dos riscos, principalmente dentro de uma organização hospitalar, precisa de uma gestão integrada.  “As mudanças estão muito diversas ao longo deste ano e nos cabe analisar e fortalecer mais as formas de gerenciar e de planejar.

Nesse ponto, as ferramentas de gestão de custos e faturamento integradas nos permitem analisar o passado, orientar o presente e fundamentar o futuro. Por isso, é crucial que gestores hospitalares possam se instrumentalizar para ficarem mais profissionalizados, atuarem com menor risco e ampliar a discussão sobre financiamentos. A Federassantas tem a proposta de tornar integrada a gestão de hospitais filantrópico, pois quanto mais evidência os hospitais têm, maior é o poder de negociação. Precisamos fortalecer esses hospitais pela prestação de serviço tão relevante ao Sistema Único de Saúde e poderemos alcançar tudo isso, quando as ferramentas de gestão ganharem a devida importância dentro das instituições”, afirma Alemão.

A SPDATA  – especialista em desenvolvimento de  software para a gestão de instituições de saúde – está no mercado há 32 anos e as ferramentas de  gestão é um dos carro-chefe da organização. Para Mário Lonczynski, CEO da SPDATA automatizar fluxos é a saída na busca da eficiência na obtenção de controles para gerir os recursos do SUS e agilizar o processo de faturamento para ressarcimento efetivo pelos serviços prestados às operadoras. “Ainda vemos cenários de algumas instituições que acreditam não ser necessário investir em uma gestão de custos, dando parecer que o orçamento é infinito”, afirma.

A gestão eficiente é crucial para manter ativa e viável a instituição, pois não é possível entregar um serviço de qualidade sem saber quanto custa para negociar com os agentes pagadores, e é aí que as instituições de saúde pecam. É necessário quebrar de vez esta cultura de que as instituições filantrópicas não devem gerar resultados financeiros positivos, e é aí que as contas não fecham. “A solução está na mudança da cultura, é necessário olhar para as organizações de saúde como negócio para que possamos promover a mudança desse cenário”, explica Lonczynski.

O Complexo Hospitalar Imaculada Conceição, localizada em Curvelo, é um dos hospitais que utilizam as ferramentas de gestão de custos da SPDATA. Para o superintendente da instituição, Valdir Junior, o setor de custos está engajado entre a equipe administrativa-financeira e técnica, com indicadores que apontam a evolução de acompanhamento da performance de custo setorial. “O gerenciamento dos custos das atividades em tempo real dá segurança para a tomada de decisão e possibilita a realização de planejamentos devido ao gerenciamento de custos em tempo real.

Hoje, o sistema da SPDATA nos permite acompanhar cada setor, onde cada liderança justifica os custos atrelados a produção, contribuindo para o engajamento e entendimento da equipe”, revela.

Júnior conta ainda, sobre a mudança da cultura organizacional, que está relacionado com o crescimento do Complexo Hospitalar Imaculada Conceição e amadurecimento do grupo gestor. “Como parte do sistema de custos da SPDATA, implantamos um comitê de custos onde são apresentados, mensalmente, os resultados de custo produtivo da instituição para cada integrante identificar a performance de seu setor. Essa análise financeira, desenvolveu o poder analítico em cada liderança, auxiliando na revisão dos processos setoriais e impactando nos intersetoriais que não estão ligados diretamente aos custos”, pontua.

Por Assessoria de Comunicação SPDATA

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