Hospital Evangélico de BH implanta cultura da agilidade para solucionar gargalos do atendimento
Estratégia inovadora em instituições de saúde, a cultura da agilidade visa encontrar soluções para problemas operacionais
Neste ano, o Hospital Evangélico de Belo Horizonte (HE) propôs um desafio para os seus colaboradores do nível operacional: encontrar soluções para gargalos recorrentes e que podem comprometer a qualidade do atendimento. A iniciativa recebeu o nome de Programa de Aceleração do Aculturamento Ágil na Associação Beneficente Evangélica de Minas Gerais (COLMEIA AEBMG 2023), iniciativa inédita e inovadora de aprendizado prático por projetos, que está mobilizando 36 colaboradores de diversas unidades da instituição filantrópica, divididos em 12 equipes de trabalho que, frente a problemas de rotina em cada setor, têm investigado soluções que possam contribuir para a tomada de decisão ágil e efetiva e para a gestão dos custos do negócio.
Responsável pelo Programa, o consultor Paulo Taveira (InspiraSer) explica que a cultura da agilidade é uma tendência irreversível para o setor de saúde, não apenas para a média e alta gestão, mas também para os colaboradores da operação. “Estamos promovendo uma mudança de baixo para cima no HE porque entendemos que os profissionais da ponta, que fazem o atendimento direto dos pacientes, devem ter acesso a projetos de capacitação técnica. A partir de soluções criativas e humanizadas, os projetos desenvolvidos por cada grupo de estudo visam incrementar a qualidade dos serviços prestados, melhorar o ambiente de trabalho e contribuir para a sustentabilidade financeira da instituição”, enfatiza.
Nefrologia
Maior fornecedor de serviços de Nefrologia para o Sistema Único de Saúde, com cerca de 3,5 mil pacientes atendidos em quatro unidades, o Hospital Evangélico de Belo Horizonte também experimenta desafios nessa área. Um gargalo recorrente é o autocuidado com a fístula arteriovenosa (FAV) – acesso vascular implantado no corpo do paciente para o tratamento em hemodiálise – pelos pacientes. Esse é, inclusive, um dos temas abordados pelo Programa Colmeia, para encontrar soluções práticas que aumentem a sobrevida do dispositivo, com menos complicações e/ou riscos de infecções para os pacientes.
Membro da equipe responsável pelo projeto de pesquisa, a coordenadora de Enfermagem do Bloco Cirúrgico da unidade de Nefrologia de Venda Nova, Ana Izabel Fernandes da Silva Costa, destaca a importância da capacitação em agilidade e também da oportunidade de estudar e propor soluções para o melhor uso da FAV. “Durante o curso, a interação entre as unidades se tornou um benchmark interno na instituição. No caso da unidade de Nefrologia de Venda Nova, a equipe de enfermagem precisa dominar com excelência os cuidados com a fístula arteriovenosa (FAV), pois a assistência, seja direta ou indireta, é parte do tratamento dos pacientes renais crônicos”, enfatiza.
Para além do estudo do tema, o trabalho final de cada grupo do Programa Colmeia prevê uma aplicação prática. No caso da unidade de Nefrologia de Venda Nova, a proposta é criar um grupo de orientação com foco nos pacientes que fazem hemodiálise na unidade e seus familiares/acompanhantes, para o estabelecimento de vínculo e aprimoramento das técnicas de comunicação para enfatizar a importância do autocuidado, por meio de materiais educativas.
As quatro unidades de Nefrologia do HE já disponibilizam uma cartilha própria, formatada pela Gerencia de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde da instituição com todas as informações que os pacientes que estão iniciando.
HE – Instituição fundada há 77 anos, inicialmente como ambulatório, o Hospital Evangélico de Belo Horizonte engloba, além da Unidade Serra, mais 9 unidades de atendimento médico e de saúde em Belo Horizonte, Contagem e Betim. Em 2021, realizou mais de 1,300 milhão de procedimentos médicos pelo SUS, convênios e particulares, e é referência em atendimentos de Nefrologia e Oftalmologia para o SUS no Estado. Atualmente, a rede tem mais de 2,3 mil colaboradores.
Assessoria de imprensa: Melt Comunicações
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