Inscrições para o projeto Parto Adequado – Fase 2 são prorrogadas

O hospital interessado deve entregar a proposta de adesão e cópias digitalizadas dos documentos exigidos até o dia 20 deste mês

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) prorrogou até o dia 20/01 as inscrições para a Fase 2 do projeto Parto Adequado. O prazo foi estendido a pedido de hospitais e das operadoras interessadas em participar da iniciativa. Nesta fase, 150 hospitais de todo país poderão participar do projeto, que será desenvolvido ao longo de dois anos. A ideia é disseminar os bons resultados obtidos na Fase 1 para 10 regiões do Brasil e ampliar para um número maior de mulheres e bebês as ações em favor da melhoria da atenção ao parto e nascimento.

Os hospitais interessados em participar da segunda fase do projeto devem encaminhar à ANS a proposta de adesão assinada pelo representante legal do hospital ou operadora, e cópia digitalizada dos documentos comprobatórios exigidos na proposta. Feita a inscrição, o hospital deve aguardar até o dia 31 de janeiro de 2017 um comunicado por email com o resultado da análise e seleção dos hospitais e operadoras escolhidas.

Realizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Hospital Israelita Albert Einstein, Institute for Healthcare Improvement e com o apoio do Ministério da Saúde, o projeto Parto Adequado tem como objetivo identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e ao nascimento, que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar.

Segundo informações da ANS, essa iniciativa tem por objetivo oferecer, também,  às mulheres e aos bebês o cuidado certo, na hora certa, ao longo da gestação, durante todo o trabalho de parto e pós parto, considerando a estrutura e o preparo da equipe multiprofissional, a medicina baseada em evidência e as condições socioculturais e afetivas da gestante e família.

Na primeira fase, o projeto teve a participação de 35 hospitais, sendo 31 privados, quatro públicos e 19 operadoras de planos de saúde. De acordo com a ANS, na fase 1, o crescimento médio da taxa de partos normais passou de 23,8% para 34%. Em 18 meses, mais de 10 mil cesáreas sem indicação clínica foram evitadas. Foram 486 profissionais de saúde treinados em oficinas de atenção ao parto, e 242 profissionais de saúde treinados em cursos em ciência da melhoria, liderança em saúde e segurança do paciente. Foi observado também grandes avanços na melhoria de outros indicadores de saúde, 14 dos 35 hospitais participantes reduziram as admissões em UTI neonatal: de 86 internações por mil nascidos vivos para 69 internações por mil nascidos vivos.

Ainda de acordo com a ANS, o projeto Parto Adequado mostrou-se também uma iniciativa segura, pois não houve aumento de complicações decorrentes do parto – como morte materna, sequela e asfixia fetal, entre outros eventos adversos – no conjunto dos hospitais que desenvolveram as medidas. Em três instituições houve redução desse tipo de complicação: de 73 eventos adversos por 1000 nascidos vivos para 31 eventos adversos por 1000 nascidos vivos, ou seja uma redução de 57%.

Referência em Minas Gerais

Durante a fase 1, o hospital filantrópico Sofia Feldman, referência em atendimentos obstétricos, neonatais e assistência materno-infantil no estado de Minas Gerais, foi selecionado como apoiador do projeto. De acordo com Vera Bonazzi, coordenadora de enfermagem da instituição, para a fase 2, o hospital foi convidado novamente pela ANS a ser um “HUB”, ou seja, um hospital referência responsável por realizar oficinas, receber e capacitar profissionais, além de apoiar o projeto. Segundo ela, a expectativa é que o hospital seja apoiador de toda a região sudeste do país.

 

Acesse no link abaixo o programa completo e demais orientações para a inscrição:
http://www.ans.gov.br/gestao-em-saude/projeto-parto-adequado

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