Neste Junho Preto, mês dedicado à conscientização sobre o melanoma — tipo mais grave de câncer de pele — o Hospital Hélio Angotti reforça a importância do diagnóstico precoce como principal aliado na luta contra a doença. Quando detectado nas fases iniciais, o melanoma tem mais de 90% de chances de cura.
Segundo a dermatologista Júlia Machado, o melanoma é um tipo de câncer que pode, sim, apresentar metástase, ou seja, espalhar-se para outras partes do corpo. “Mesmo sendo menos comum que outros tipos de câncer de pele, ele é o mais agressivo. Os locais mais atingidos pelas metástases incluem pele, tecido subcutâneo, pulmões, fígado, ossos e cérebro”, destaca.
A idade média no diagnóstico gira em torno dos 60 anos. Em pessoas com menos de 50 anos, a incidência é maior entre mulheres, mas a partir dos 65 anos, os homens passam a ser mais acometidos. Quanto aos tipos de melanoma, a especialista afirma que são quatro tipos principais e subtipos menos frequentes, que podem surgir em diferentes áreas do corpo:
- Melanoma extensivo superficial: mais comum (70% dos casos), costuma surgir nas pernas das mulheres e no tronco dos homens, sendo inicialmente assintomático.
- Melanoma nodular: representa de 15% a 30% dos casos e pode surgir como uma lesão elevada e escura em qualquer parte do corpo.
- Lentigo maligno-melanoma: comum em idosos, aparece em áreas de exposição solar crônica, como o rosto.
- Melanoma lentiginoso-acral: afeta palmas das mãos, plantas dos pés e unhas, sendo mais frequente em pessoas negras.
- Melanoma amelanótico: menos de 10% dos casos. Por não apresentar pigmentação, pode ser confundido com lesões benignas e atrasar o diagnóstico.
O tratamento do melanoma varia de acordo com a localização, agressividade e extensão do tumor, além do estado geral do paciente. A cirurgia é a principal abordagem nos casos iniciais. Já nos casos metastáticos, ainda que a cura não seja possível, os avanços terapêuticos nas últimas décadas têm proporcionado mais tempo e qualidade de vida aos pacientes. Além disso, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia são recursos que podem ser combinados conforme cada caso.
Júlia destaca ainda a importância de estar atento aos sinais como manchas irregulares, mudança de cor, tamanho ou espessura de pintas já existentes, bem como lesões novas e incomuns, que devem ser avaliadas por um dermatologista. “O diagnóstico precoce salva vidas”, conclui.
O Hospital Hélio Angotti está engajado nesta campanha e reforça: o cuidado com a pele deve ser constante. Use protetor solar, evite exposição excessiva ao sol e consulte um especialista ao menor sinal de alteração.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Hospital Hélio Angotti