Médicos curam câncer de mama em estágio avançado pela 1ª vez

Uma americana de 49 anos é a primeira mulher do mundo a se ver livre de um câncer de mama em estágio avançado. Identificada como Judy Perkins, ela recebeu um tratamento experimental no qual células de seu próprio sistema imunológico foram colhidas, selecionadas e multiplicadas em laboratório e depois reinjetadas em seu corpo, onde atacaram tumores que já tinham se espalhado para seu fígado e outras áreas, dando-lhe então um prognóstico de apenas mais alguns poucos meses de vida.

Hoje, cerca de dois anos depois, ainda não há sinais de volta da doença. “Minha condição se deteriorou muito perto do fim, e eu tinha um tumor pressionando um nervo, o que significava que eu passava o tempo inteiro tentando não me mover para evitar a dor que se irradiava pelo meu braço”, lembrou Judy em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”.

“Já tinha desistido de lutar. Mas depois que o tratamento dissolveu a maior parte dos meus tumores, pude ir para uma caminhada de 40 milhas (cerca de 64 km).”

O caso de Judy foi relatado em artigo publicado na segunda-feira no periódico científico “Nature Medicine”. Nele, os cientistas liderados por Steven A. Rosenberg, chefe da divisão de cirurgia do Centro de Pesquisas do Câncer (CCR, na sigla em inglês) do Instituto Nacional do Câncer dos EUA (NCI, também na sigla em inglês), contam como usaram uma versão modificada de uma abordagem conhecida como “transferência adotiva de células” (ACT, ainda em sigla em inglês), que já se mostrou eficaz no combate ao melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele, para tratar a engenheira.

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