A Santa Casa Belo Horizonte e o Hospital Felício Rocho foram incluídos na lista do Ministério da Saúde como referência para realizar transplantes de fígado em caso de hepatites fulminantes provocadas por febre amarela. O objetivo, junto com mais setes instituições hospitalares em São Paulo e duas no Rio de Janeiro, é ter uma espécie de força-tarefa para esse tipo de intervenção nos casos de “hepatite aguda grave” provocados pela enfermidade, que podem levar o paciente a óbito em poucas horas. Nesta terça-feira, a instituição a Santa Casa recebeu um paciente com febre amarela, que pode ser o primeiro a ser submetido ao procedimento na instituição.
O médico Guilherme Riccio, diretor de Assistência à Saúde da Santa Casa BH, explica que um dos fatores de complicação da doença é a hepatite fulminante.
“Diferentemente do quadro de outros pacientes com casos agudos de hepatite, há um risco maior quando essa inflamação hepática é consequente da febre amarela, já que há complicações renais, hematológicas, entre outras, que tornam o caso complexo, com elevado índice de mortalidade”, explicou.
Segundo Riccio, em Campinas, no Hospital da Unicamp, houve dois casos de pacientes com a febre transplantados, que tiveram boa evolução. Em Minas, nos agora hospitais de referência, o procedimento ainda não foi realizado. A principal aposta contra a doença, ressalta, continua a mesma: a vacina, disponível para pessoas acima de 9 meses de idade. Uma dose basta para toda a vida.
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