Outubro Rosa: a prevenção como caminho que salva vidas

Outubro Rosa: a prevenção como caminho que salva vidas

Oncologista e coordenador médico da Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha fala sobre a importância dos exames preventivos e o cenário de atendimentos relacionados à doença

O mês de outubro é marcado por um movimento global, que abraça uma causa elementar para a saúde da mulher: a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Ainda que seja uma questão divulgada e debatida mundialmente, enquanto saúde pública, o número de mulheres diagnosticadas com a doença em todo o mundo é crescente. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, a patologia é a que apresenta maior incidência entre as mulheres, com estimativa de 74 mil novos casos até 2025. Apesar da gravidade e da incidência da doença, o diagnóstico precoce é o grande aliado da mulher. “Se diagnosticado precocemente, em estágios iniciais, o câncer de mama tem mais de 90% de chances de cura. Por isso é tão importante realizar a mamografia, principal exame de rastreamento da doença”, afirma o Luciano de Souza Viana, oncologista clínico e coordenador médico da Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha.

Foi praticando o autocuidado que a assistente social, Alessandra Faria Soares Assis, 39 anos, chegou a um diagnóstico precoce da doença. Após fazer o autoexame e perceber uma anormalidade, ela procurou um mastologista e foi direcionada a uma análise de biópsia, que constatou resultado positivo para malignidade. Após o diagnóstico, Alessandra iniciou o tratamento especializado na Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga/MG. A cirurgia para a retirada dos nódulos e linfonodos ocorreu vinte e cinco dias após o início do tratamento.

“É importante que todas as mulheres se toquem e procurem o acompanhamento médico periódico para prevenção. Mulheres, não tenham medo das descobertas. Se o diagnóstico acontecer, lutem pela sua vida. É possível vencer a batalha. Quem procura, acha cura!”, celebra Alessandra.

A assistente social é moradora da cidade de Ipatinga, que é uma das cidades da região Leste Minas Gerais atendidas pela Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha, que é referência no tratamento a pacientes com câncer de mama, entre outros tipos da doença. A estatística de casos de mulheres assistidas na unidade com a neoplasia também chama atenção. Em 2022, 302 mulheres com câncer de mama iniciaram tratamento na Instituição, índice que representa um aumento de 16% no número de casos, quando comparado ao ano anterior, 2021, com 260 pacientes. A análise considera, ainda, que o público feminino com a doença é maior nas faixas-etárias entre 41 e 50 anos, e 51 e 60 anos, sendo a maior concentração de casos registrados nas cidades de Ipatinga e Coronel Fabriciano.

Segundo o oncologista, o INCA apontou uma redução significativa na procura pela mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS). “A pandemia mudou a rotina das pessoas e mesmo com a mudança do cenário epidemiológico, as mulheres se afastaram do serviço de saúde, desde a saúde básica até as mais especializadas”, ressalta o especialista.

A recomendação atual do Ministério da Saúde é que mulheres sem sintomas ou sinais de doença, com idade entre 50 e 69 anos, façam mamografia a cada dois anos. “Dados do INCA e da Sociedade Brasileira de Mastologia mostram que apenas 24,1% das mulheres realizam o rastreamento de forma regular.

Esse percentual indica que as mulheres têm buscado o consultório médico apartir de algum sintoma incomum. Se ela é parte do grupo que exige cuidados e atenção, mesmo que ela não apresente sintomas, é necessário que ela faça o acompanhamento anual, junto ao mastologista”, enfatiza o oncologista.

É importante o alerta da prevenção independente da idade. Os dados apontam, ainda, que 25% das pacientes com diagnóstico de câncer de mama têm idade entre 40 e 50 anos e, nos últimos dois anos, observa-se um aumento da ocorrência da doença em mulheres ainda mais jovens. O índice de casos de câncer de mama com mulheres com menos de 35 anos aumentou de 2% para 5% nos últimos anos. Segundo o especialista, a mudança pode ter relação com o estilo de vida das pessoas, com o menor número de filhos ou pela opção de não gestar e a gestação mais tardia (após os 30 anos de idade). Para a prevenção da doença, é importante evitar o sedentarismo, a ingestão de bebidas alcoólicas e manter uma alimentação adequada, além de manter uma rotina de vida saudável. Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama.

Assessoria de Imprensa: Sarah Faustino 

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