Outubro Rosa é uma campanha celebrada desde o ano de 1990, com a intenção de conscientizar a sociedade para a detecção precoce do câncer de mama. A campanha é realizada no mundo inteiro, durante todo o mês de outubro, e são realizadas ações para compartilhar informações e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde, a fim de contribuir para a redução de incidência e mortalidade pela doença.

O INCA (Instituto Nacional de Câncer), estima que 66.280 novos casos são diagnosticados no Brasil em um período de três anos, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Em Minas Gerais, no período entre 2019 a 2022, foram realizadas cerca de 14.188 cirurgias oncológicas de mama, dessas 11.019 foram realizadas em hospitais filantrópicos. É através da mamografia e do exame clínico, que é possível descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno. O auto exame é realizado pela própria mulher, apalpando os seios, e pode ajudar a reconhecer uma possível alteração, mas não substitui o exame clínico, ou mamografia.

Fatores de risco

Não há apenas uma causa para o câncer de mama, diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença. Confira a lista abaixo:

  • Idade de menarca precoce;
  • Menopausa tardia;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Nuliparidade;
  • Uso de contraceptivos orais (estrogênio/progesterona);
  • Terapia de reposição hormonal pós-menopausa.

Fatores comportamentais também devem ser observados, como:

  • Sobrepeso e obesidade;
  • Inatividade física;
  • Exposição à radiação ionizante;
  • Tabagismo e ingestão de bebida alcoólica.

Principais sintomas

O Outubro Rosa também alerta para importância de reconhecer os sintomas para garantir auxílio médico no tempo correto. Os principais sintomas do câncer de mama são:

  • Saída de secreções desconhecidas da mama;
  • Mudanças no formato do mamilo, ou da mama;
  • Coceira e vermelhidão no local;
  • Pequenas feridas na pele da região;
  • Mama mais dura ou grossa;
  • Nódulos na axila.

Tratamento

O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, suas características biológicas e as condições do paciente. Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento possui maior potencial curativo. Quando há evidencias de metástases, o principal objetivo do tratamento é prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

A importância da humanização das pacientes

O hospital filantrópico localizado em Belo Horizonte, Hospital São Francisco, realiza o projeto Reconstrução do complexo aureolo-mamilar pós-tratamento de câncer de mama com tatuagem tridimensional (3D) exclusivo. O projeto foi fundado em agosto de 2019 e atendeu 51 pacientes que foram submetidas ao procedimento de reconstrução por tatuagem, ao longo de 5 edições.  E eleito o projeto vencedor no Prêmio Federassantas de 2021, no eixo de Humanização e Experiência do Paciente.

O principal objetivo do projeto é resgatar a autoestima de pacientes que passaram por cirurgias de mutilação das mamas. A perda das mamas é uma das sequelas físicas de maior relevância associada ao tratamento vivenciada como dano à autoimagem e, portanto, repercute na condição psíquica da pessoa acometida, ativando um processo de luto. Dentre as intervenções cirúrgicas nos diversos tipos de cânceres, o de mama, por deixar sua marca visível no corpo, remete as mulheres à situação da perda de maneira permanente.

O projeto impacta positivamente na vida das pessoas envolvidas, por favorecer o resgate de autoestima das pacientes, a dignidade, o bem-estar e qualidade de vida. E, para os profissionais envolvidos, os efeitos também são positivos e despertam sentimentos de solidariedade, empatia, compaixão e contribuição social.  Além do Hospital São Francisco, os Hospitais Filantrópicos do estado de Minas Gerais também atuam ativamente no tratamento dos pacientes com câncer de mama, promovendo atendimentos humanizados.

Para aprimorar os atendimentos, a Federassantas, Roche e techtools desenvolveram a jornada de pacientes em relação ao câncer de mama, por meio de uma plataforma que permite os gestores dos Hospitais Filantrópicos realizarem a busca ativa de mulheres que precisam ser reinseridas no ciclo de prevenção, diagnóstico e tratamento. A princípio, duas mil mulheres, entre 50 e 69 anos, serão atendidas. Incialmente, o projeto irá contemplar a macrorregião Sul de Minas Gerais, com implementação na Santa Casa de Poços de Caldas. E, em sequência, o projeto será ampliado para todo o estado.

O projeto irá possibilitar rapidamente para serviços de alta complexidade, realizados pelos Hospitais Filantrópicos, para que os casos de suspeita de câncer de mama, sejam confirmados rapidamente. A plataforma ainda permite que o agendamento de consultas e exames seja facilitado, além dos tele atendimentos, e monitoramento, acompanhante virtual, dentre outras funcionalidades.

De acordo com o INCA, as mulheres devem começar a fazer mamografia a partir dos 50 anos e a cada dois anos.

Prevenir é um ato de amor, você merece, e seu corpo precisa.

Fonte: Assessoria de Comunicação Federassantas – Carolina Pontes 

 

 

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