Passo a passo para alcançar a maturidade operacional na gestão do hospital de pequeno porte

Toda instituição que começa a se digitalizar logo percebe a redução de custos e o aumento na qualidade do atendimento assistencial. E existem soluções que custam a partir de R$ 1.500 ao mês

Até 2017, o Brasil somava 6.787 hospitais distribuídos por todo o território nacional. Em um cálculo simples, é quase como se cada um dos 5.568 municípios brasileiros tivesse seu próprio hospital. Mas há um detalhe importante: a maior parte deles (67,3%) é composta de unidades com menos de 50 leitos, exatamente o tipo de instituição que costuma lidar com redução de eficiência para a gestão hospitalar, segundo um estudo conduzido por pesquisadoras da FGV EAESP.   

Ainda de acordo com as pesquisadoras Luciana Reis Carpanez e Ana Maria Malik, apesar do grande número, os hospitais de pequeno porte apresentam ineficiências de escala e redução de qualidade, tanto em termos de gestão organizacional quanto de produção de Saúde, formando uma rede que não garante a integralidade da atenção à Saúde, comunicam-se pouco com a atenção básica e têm dificuldade no encaminhamento de pacientes para atenção hospitalar terciária ou especializada.  

Moises Maciel, CEO na Hospidata, concorda com essa visão e lembra também que a maioria dos hospitais de pequeno porte (cerca de 70%) são filantrópicos ou instituições de caridade, como as Santas Casas. Os outros 30% são hospitais particulares. 

Dos 70% de hospitais públicos a grande maioria é administrado por uma pessoa que, normalmente, não possui as credenciais necessárias para executar tal tarefa. E isso é sim um problema. Especialmente porque com a área administrativa negligenciada, o atendimento assistencial pode ficar comprometido pela falta de verbas e de insumos importantes. “Desconhecimento com a gestão não é sinônimo de corrupção, é simplesmente uma realidade do mercado brasileiro que o Hospidata quer alterar ao oferecer o conhecimento da gestão profissional entregue junto com seus sistemas”, defende Maciel, que continua: “Quem investe na tecnologia  e adota um sistema de gestão hospitalar contabiliza um ganho de no mínimo 40% após a implantação apenas com o corte de gastos desnecessários. E esse valor pode ser reinvestido no próprio hospital para fazê-lo crescer.”  

Mas, para atingir a chamada maturidade da gestão de processos, tão necessária para a melhoria do atendimento ao paciente, alguns passos devem ser seguidos, segundo o CEO do Hospidata. Acompanhe: 

1. Comece pela área assistencial. Sempre que o corpo clínico hospitalar entende a melhoria que a tecnologia pode trazer para o atendimento, como a adoção do prontuário eletrônico, ele pede ao administrador do hospital pela sua adoção imediata.  

2. Invista na capacitação dos colaboradores. A resistência pela mudança na forma de trabalho e nos processos é um dos principais entraves na hora de implantar um sistema de gestão hospitalar. Investir na conscientização e capacitação das equipes é urgente. 

3. Adote a Saúde Digital. A partir do treinamento e estabelecimento de processos e da implantação do sistema, há uma redução de custos enorme ao hospital, com ganhos até mesmo de valor para a Saúde. “E hoje já existem soluções eficientes que custam entre R$ 1.500 e R$ 12 mil ao mês”, diz Maciel. 

A partir da adoção de uma ferramenta de gestão hospitalar, também dá para perceber certas mudanças na assistência e no backoffice, tais como:   

  • Redução do número de glosas, já que o sistema ajuda a auditar as contas durante o processo com a parametrização das normas do SUS e/ou das operadoras de Saúde.  
  • Melhora na gestão dos insumos, tanto com o controle digital dos estoques quanto pela expertise na busca pela melhor compra e fornecedor dentro da plataforma. 
  • Boa gestão dos repasses dos honorários. Com os atendimentos em sistema, os profissionais de Saúde podem ser pagos melhor e mais rápido.  
  • Mais segurança no armazenamento de dados, que ficam armazenados em servidores locais.  
  • Aprimoramento dos processos da empresa e a segurança de que todos eles serão auditados e certificados. E isso também contribui para que a glosa seja próxima de zero. 

Fonte: MV

Compartilhar esse post