Teste utilizou estratégia que “amplia” o vírus para detectá-lo. Brasil já possui um exame rápido, que utiliza técnica de contagem anticorpos.
Pesquisadores da New York University, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo um novo teste para o zika, capaz de detectar o teste em minutos — a exempo do teste já desenvolvido no Brasil, no Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
A diferença é que a estratégia usou o mesmo princípio utilizado em testes rápidos para o HIV — que já é vendido em farmácias.
Em dois trabalhos científicos publicados nesta quinta-feira (22) no “PLos One” e no “Journal of Visualized Experiments” (JoVE), cientistas demonstraram que adaptações permitiram que o exame também detectasse o zika.
“Quando desenvolvemos o teste do HIV, sabíamos que podíamos usar o mesmo modelo para qualquer doença infecciosa”, disse Daniel Malamud, professor na New York University.
Segundo o professor, é necessário conhecer a sequência genética do vírus para que o teste seja eficaz. Também é preciso conhecer estruturas específicas do vírus que possam ser usadas como “alvo” para o teste.
Após várias iniciativas que mapearam a sequência genética do zika, o desenvolvimento do teste foi possível.
“O recente surto de vírus Zika confirma que precisamos de um programa eficaz de vigilância e diagnóstico para reduzir o impacto de futuras doenças infecciosas emergentes”, disse, em nota, Maite Sabalza, pós-doutoranda na New York University e primeira autora do estudo.
Veja reportagem completa: G1 – Bem Estar
Foto: NYU/Sapna Parikh via G1