O Ministério da Saúde firmou hoje (27) parceria com a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa para o desenvolvimento do primeiro Reator Multipropósito Brasileiro. O acordo garante investimento de R$ 750 milhões a serem repassados pelo governo federal até 2022. A previsão é de que, ainda este ano, R$ 30 milhões sejam destinados ao projeto.
A parceria, segundo a pasta, vai contribuir para o fim da dependência externa na produção de radioisótopos e no fornecimento de radiofármacos ao Sistema Único de Saúde (SUS) a preço de custo. “Esse reator multipropósito fabrica radiofármacos, produtos que são utilizados na quimioterapia e que são, portanto, fundamentais para o tratamento das pessoas”, explicou o ministro Ricardo Barros.
Durante entrevista coletiva, ele lembrou que o Brasil já conta com um reator mais antigo e que muitos medicamentos nessa área ainda são importados. A expectativa da pasta é de que, em três anos, o novo equipamento esteja operando. Não há, entretanto, uma estimativa por parte do governo sobre redução de custos com o projeto.
De acordo com o ministério, desde 2009, o Brasil enfrenta dificuldades no abastecimento de radioisótopos – utilizados em 80% dos procedimentos adotados na medicina nuclear. O motivo seria a paralisação do reator canadense que abastecia todo o mercado brasileiro e 40% do mercado global. Cerca de 2 milhões de procedimentos médicos utilizam esse tipo de tecnologia.
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