Todos os anos, a campanha Setembro Dourado busca alertar profissionais da saúde, pais e a sociedade em geral, sobre a importância de se atentar aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil, contribuindo para um diagnóstico e tratamento precoces. A iniciativa foi criada pela Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer – CONIACC – em 2008, e conta com apoio e engajamento de outras instituições parceiras da oncologia pediátrica.
Segundo a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2018, o Brasil teve 12.500 novos casos de câncer na faixa etária de zero a 19 anos. Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.
De acordo com o Inca, os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático). No Sistema Único de Saúde (SUS), é oferecido o acesso ao tratamento oncológico. Pela complexidade da doença, o tratamento deve ser feito em centro especializado, e compreende três modalidades principais (quimioterapia, cirurgia e radioterapia), sendo aplicado de forma racional e individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão do câncer.
No período de julho de 2018 à junho de 2019, os hospitais filantrópicos internaram mais de 2.231 pacientes com câncer infantojuvenil, que representa 66,92% do total das internações totais em Minas Gerais. Já em procedimentos ambulatoriais, como quimioterapia e radioterapia, foram realizadas 1.511.249 seções, que correspondem a 76,87% do total realizado no estado.
Os hospitais filantrópicos em Minas Gerais que prestam atendimento aos pacientes com câncer infantojuvenil são: Santa Casa de Belo Horizonte; Hospital da Baleia; Associação Mário Penna; Hospital Márcio Cunha (Ipatinga); Hospital do Câncer de Muriaé; Santa Casa de Montes Claros; Santa Casa de Misericórdia de Passos; Hospital das Clínicas Samuel Libânio (Pouso Alegre); Hospital Doutor Hélio Angotti (Uberaba).
Por Nathalia Braz – Assessoria de Comunicação