Tecnologia democratizada

A SPDATA, empresa que atua na área da Saúde, completa 30 anos no mercado e o diretor da empresa, Mário Lonczynski, relatou que a democratização do acesso à tecnologia foi uma conquista representável após ter vivenciado tantas mudanças nessas três décadas de trabalho. Mário ainda explica que, para ele, a sensação de ter colaborado com algo tão grande, o faz sentir no cumprimento de seu papel, pois desde quando a SPDATA foi criada ele tinha o compromisso de desenvolver seu próprio conhecimento em algo que atingisse todos à sua volta de uma maneira benéfica, inclusive para os profissionais da saúde.

O diretor ainda lembra de que iniciou sua carreira nesse meio, em um hospital, e isso foi um dos maiores motivadores para direcionar o ramo da sua empresa. Para Mário, trabalhar em um hospital com suas rotinas e práticas o fez sentir o quanto era importante obter informações que abrangessem um processo tão complexo quanto ao de um hospital. Quando percebeu a importância das informações na área da saúde, sentiu-se pronto para provar que estava trilhando caminhos corretos, sua empresa conseguiu alcançar o patamar de atuar em um mercado muito amplo que contempla mais de 630 hospitais.

Visão do mercado

Como todos nós sabemos, o Brasil é um país muito difícil de se empreender, Lonczynski interpreta como delicada a situação de se investir no Brasil, pois os impostos são altíssimos e acabam sufocando as organizações de todas as áreas. Infelizmente os problemas acabam afetando uma cadeia muito grande que penaliza áreas importantes do nosso país, as empresas também são punidas pela falta de financiamento suficiente para cobrir os custos da saúde pública, o que gera um déficit em investimentos e melhorias, dificultando o aprimoramento da infraestrutura e da profissionalização do mercado. Estamos “acostumados“ a observar o descaso com a saúde no nosso país, isso afeta não somente os pacientes, mas também outros envolvidos como empresas terceirizadas, áreas administrativas, uma relação em cadeia.

Uma das grandes barreiras que a tecnologia na saúde enfrenta é o próprio material humano, que segundo o executivo, ocorre um desperdício, pois não acontecem aplicações de vários estudos importantes que poderiam modificar a saúde. Podemos observar um trecho das próprias palavras de Mário quanto os empecilhos enfrentados pelo Brasil: “É uma realidade que enfrentamos no dia a dia: aplicamos nas soluções que levamos para o mercado tecnologia, conceitos e conhecimento para que os sistemas possam atingir um alto índice de aderência dos fluxos. O que seria natural é o constante aprimoramento daquilo que entregamos, e muitas vezes o que acontece é o contrário. Deparamo-nos com falta de maturidade e de conhecimento para absorver as tecnologias”.

Perspectivas e investimentos

A crise econômica afeta todo o Brasil, mas mesmo assim o crescimento da SPDATA foi significante em 2017, chegando a atingir 9,0%. Para 2018 a empresa prevê superar os 10%, uma visão bastante otimista já que enfrentamos o caos político que afeta diretamente a economia.

A empresa está confiante quanto ao aumento do seu crescimento, agora possuem investimentos em outras partes do Brasil, como por exemplo nas regiões Norte e Sul, vale lembrar que antes, as duas mesmas regiões não mostravam tanto poder em questão de lucratividade. Após perceber que as expectativas bastante otimistas, a empresa vai investir na construção da sua sede própria, provendo um ambiente mais amplo e confortável além de aumentar a capacidade atual.

Outros nichos estão sempre no radar da SPDATA, a inovação continua sendo uma delas e falar sobre inovar acaba sendo um quesito obrigatório já que a área da saúde passa por tantos desenvolvimentos e avanços. O ramo de pesquisa como na Medicina, genética e até mesmo das tecnologias dos equipamentos são os grandes produtores dessas inovações e de certa forma todas as tecnologias que estão sendo estudadas conversam entre si para obter uma comunicação ampliada aos profissionais, principalmente na área da saúde, podendo interligar áreas operacionais, administrativas e assistenciais.

Outra prioridade da SPDATA é o investimento nos colaboradores, já que a principal fonte de renda da empresa é o intelecto empregado, deve-se estar em constante evolução para focar em aprimorar o conhecimento, obter uma mão de obra de ponta. Este é um ponto muito interessante, pois mostra que a empresa parte da visão de melhoria contínua quanto ao zelo de uma mão de obra qualificada e adepta as mudanças geradas pela tecnologia, implementando diversos sistemas enxutos que trazem grandes resultados e disseminam uma cultura muito mais disciplinada, isso nada mais é que a filosofia da indústria 4.0.

Mesmo enfrentando uma grande crise econômica, Mário Lonczynski aposta que em 2018 esse cenário será modificado e o país retomará sua estabilidade política, consequentemente a diminuição do desemprego, apesar do cenário futuro político incerto. O diretor, acredita que ao longo de um ano será possível atingir clientes que ainda não obtiveram acesso a uma saúde mais robusta e contemporânea, pois somente assim a sociedade seria impactada positivamente, tendo o conhecimento como grande beneficiário de um modo geral, até mesmo em conceitos de trabalho quanto realização, bem-estar, reconhecimento e assim os profissionais poderão exercer suas atividades com mais segurança e conhecimento e quando todos esses passos forem atingidos, o paciente, acaba recebendo um tratamento de qualidade, que é o que ele merece.

Saúde 4.0

Lonczynski ressalta que existe um déficit grande em otimização de recursos, melhorias na automação de processos e investimentos na formação e aperfeiçoamento do conhecimento dos profissionais. Cada vez mais ouvimos falar desta revolução industrial que promete automatizar processos e trabalhar com mão de obra qualificada. No Brasil, enfrentamos crises econômicas que interferem diretamente no avanço de várias tecnologias que poderiam contribuir com a evolução da saúde. De acordo com Mário, um sistema com conceito de ERP, sistema de informações que integra os dados e processos de uma organização em um sistema único, podem entregar um serviço de boa qualidade ao paciente e ainda otimizar os recursos oferecidos. A utilização deste conceito evita retrabalhos, tanto na parte sistêmica e de serviços quanto no material utilizado em si, o ERP ainda promove uma segurança muito grande, pois tudo que é medido acaba sendo controlado, assim pode-se gerir mostrando indicadores sólidos e qualificados.

“É importante ter informação ao alcance em um processo tão complexo como é um hospital.”
Mário Lonczynski, diretor-geral da SPDATA

A evolução desse conceito no Brasil é crucial quando se fala em concretizar no país a Saúde 4.0. Se nos empenharmos para alcançar este objetivo devemos aceitar os sistemas de informação com interesse de torna-los nossas ferramentas de trabalho, utilizados para facilitar nossa rotina e ultrapassar barreiras que antes ficariam estagnadas.

Podemos concluir que com a evolução das ciências, avanço da tecnologia e disseminação da educação (afim de se obter mão de obra qualificada) podemos consolidar uma saúde 4.0 e essa ideia deveria ser acatada como cultura, já que num futuro próximo, serão a base para se evoluir globalmente.

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