Trabalho no Setor de Oncologia do Hospital São Francisco é de amor, dedicação e equilíbrio

Já se perguntou como se sente uma pessoa que trabalha no setor de oncologia de um hospital? É uma unanimidade que o trabalho no setor oncológico é considerado, sem dúvida, um grande desafio na vida de um profissional de saúde. Recentemente, conferimos com os profissionais do Setor da Oncologia do Hospital São Francisco (HSF) o que eles sentem no dia a dia de suas funções.

Com 45 anos, a técnica de enfermagem, Vanessa Pereira, trabalha há 26 com pacientes oncológicos. Para ela, “cada dia, você lida com histórias de vida que, muitas vezes, parecem se entrelaçar com a sua. A luta contra o câncer é algo que exige muito mais do que apenas conhecimento técnico e habilidades médicas; ela demanda empatia, paciência e uma capacidade inabalável de se manter humano diante de um cenário que pode ser avassalador”, explica.

Para quem trabalha nesse campo, a jornada é construída, muitas vezes, com uma mistura de sentimentos de esperança e, ao mesmo tempo, o peso das dificuldades que os pacientes enfrentam. A fé, aliada ao apoio dos outros profissionais da equipe, é também um suporte importante para deixar a peteca cair e ter força para ajudar os pacientes em todos os momentos do tratamento.
Se estou com alguma dificuldade, tem sempre alguém da minha equipe que pode escutar o paciente. “No setor de oncologia o profissional de saúde no sabe que o que está em jogo não é apenas o tratamento físico, mas a vida como um todo. Cada conversa com o paciente e seus familiares é carregada de expectativa, mas também de vulnerabilidade”, lembra a técnica de enfermagem Alcione Rocha, 41, que trabalha há 22 na área.

São momentos de escuta atenta, de oferecer um ombro amigo, de explicar tratamentos, e, sobretudo, de garantir que o paciente não se sinta só. Manter-se equilibrado nesse contexto é essencial. Alcione explica que, como profissional, ela e suas colegas também carregam suas próprias emoções e desafios. Para conseguir seguir em frente, é preciso criar uma rede de apoio. Alguns profissionais buscam o autoconhecimento ou encontram atividades que ajudem a recarregar suas energias. “A sensação de estar fazendo a diferença, mesmo que de maneira silenciosa e constante, também é uma força poderosa. O sorriso de um paciente ao receber boas notícias ou a gratidão no olhar de um familiar é, muitas vezes, o combustível que mantém o profissional de saúde motivado”, destaca Poliane Monteiro, 34 anos. Há cinco anos, ela escolheu a oncologia para desempenhar suas funções profissionais e hoje supervisiona o salão de quimioterapia onde trabalham a Vanessa, a Alcione e a enfermeira Larissa Freitas, de 26 anos.

As quatro profissionais explicam que há, no entanto, uma prática constante de autocuidado. Saber que, para acolher bem o outro, é necessário cuidar de si mesmo. Por isso, muitos profissionais de oncologia acabam criando estratégias de desconexão do ambiente hospitalar, ao final de um turno, para que possam seguir com a leveza necessária no dia seguinte. Isso inclui momentos de descanso, lazer, e até a partilha de experiências com colegas que entendem o peso emocional que essa profissão pode ter.

Equilíbrio


O equilíbrio, segundo Larissa, há quatro anos na área, não significa que o profissional de saúde do setor de oncologia não sinta o impacto emocional dos desafios diários. “Ele sente, mas encontra maneiras de lidar com isso de uma forma saudável. Ele encontra forças, tanto dentro de si, quanto no cuidado que oferece aos outros”, ressalta.

Vanessa, Alcione, Poliane e Larissa asseguram que o profissional de saúde que trabalha com oncologia é alguém que se transforma junto com seus pacientes, que aprende e cresce com cada história que cruza seu caminho. E, mesmo em meio à dor, encontra beleza e propósito na profissão que escolheu: a de cuidar, de tratar, de humanizar a medicina e acolher sempre aqueles que mais precisam.

 

Fonte: Assessoria de comunicação do Hospital São Francisco.

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