Automação privilegia humanização na saúde

É sabido e muito debatido que a cada dia a automação avança em diversos segmentos de atividades, substituindo funções atreladas essencialmente em pessoas, e com isso otimizando processos e volume de interfaces neles envolvidos. Na saúde este movimento não é diferente, e assim como em outras áreas, tem sido questionado o impacto negativo que a inserção das máquinas pode exercer sobre a redução de capital humano.

Vivenciando particularmente na área da logística hospitalar, nas operações da UniHealth Logística Hospitalar, e que pode ser transportada para qualquer outro segmento da saúde e fora dela, posso atestar que a automação não exclui e sim privilegia a humanização, podendo gerar a inserção de novos modelos de atuação com base na automação, quando há melhoria da capacitação humana e a sua valorização enquanto desenvolvimento de novas carreiras, bem como a eficiência gerada em toda a cadeia de serviços envolvidos, como mais precisão, produtividade, economia e segurança de dados para todos.

A verdade é que à medida que as novas tecnologias se inserem na saúde, mais importância tem o valor humano, tanto para quem atua como para quem usufrui de suas atividades. Vivemos essa realidade diariamente em nossas operações pelo mundo, visto que em todos esses anos de trabalho sempre acreditamos no desenvolvimento tecnológico para otimizar e dar mais segurança para os processos, além de investir na capacitação dos nossos colaboradores, podendo contar com eles de maneira cada vez mais estratégica.

Enquanto cargos se extinguem aqui, novos mercados de educação e trabalho se abrem acolá, e onde a preocupação deve ser sobre a nossa capacidade de suprir as novas oportunidades e necessidades na velocidade que elas exigem, especialmente considerando as dificuldades enfrentadas na nossa educação de base e o que segue a partir dela.

O Brasil está longe de ser referência em inovação em muitas das áreas em que atua, mas o tempo urge para que busquemos implementar soluções neste sentido, visto as necessidades crescentes de atendimento de consumo de produtos e serviços de uma população cada vez mais volumosa e idosa.

A logística hospitalar, no entanto, tem de destacado como uma ilha de excelência dentro do universo da saúde, com soluções nacionais que já servem de modelos para players internacionais. E elas só tem sido possíveis pela implementação de pessoas, de gente envolvida, comprometida, criativa e engajada, que no backstage de suas operações criam base para que mais gente, à frente dos atendimentos, possam exercer com mais eficiência o papel da humanização.

Por Mayuli Fonseca
Diretora de Novos Negócios da UniHealth Logística Hospitalar

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